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18/09/2014
Mudança no perfil do pecuarista será tema para debate no Rio Grande do Sul


Em um futuro bem próximo, o pecuarista terá que se tornar um agricultor para continuar produzindo carne. A mudança de conceito é a aposta do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Nespro). A nona edição da Jornada Nespro de Pecuária Agrícola foi lançada nesta terça-feira em Porto Alegre.

Com o tema “Novos Caminhos para a Produção”, o encontro, que ocorre entre os dias 25 e 26 de setembro, na capital gaúcha, deve traçar os caminhos que a pecuária brasileira deve percorrer nos próximos anos. Veterinários, zootecnistas e pesquisadores afirmam que a agricultura vai deixar de ser uma concorrente e se tornará aliada da atividade.

De acordo com os pesquisadores, enquanto os grãos estiverem oferecendo boa rentabilidade aos produtores rurais, o avanço da agricultura sobre áreas de pastagens vai continuar crescendo. Para que a pecuária possa sobreviver, o pecuarista terá que se profissionalizar. A estratégia é a gestão das propriedades para evitar riscos e custos.

–  Ele tem que utilizar dessas ferramentas que a agricultura já utiliza na agricultura de precisão há muito tempo. Ele tem que utilizar na produção a sua forragem, que faz com que engorde seu gado e tenha oferta durante todo o ano – afirma o pesquisador do Nespro, Eduardo Dias.

Rodrigo Xavier Pereira é professor de agronomia na Universidade Federal do Piauí. Ele tem um estudo sobre estratégias de comercialização, para driblar problemas climáticos e de mercado. A aposta é o aumento da pecuária em períodos de seca.

– O produtor ou seu consultor farão uma avaliação das probabilidades de preços para grãos, soja, milho ou trigo e para pecuária, fazendo um ajuste da população bovina, de acordo com as possibilidades de mercado. Nós temos em várias regiões problemas referentes a estresse hídrico. Nesses períodos poderia aumentar a produção bovina e, com isso, o capital exposto ao risco terá sido menor e o prejuízo do produtor terá sido menor – explica.

Tecnologias como a rastreabilidade do rebanho, mangueira digital e sensores para medir temperatura e fertilidade dos animais, também vão ser abordadas na jornada. Apesar das ferramentas modernas que o produtor tem hoje à disposição, os resultados podem ser alcançados melhorando os sistemas tradicionais.

– Nós podemos ficar fascinados com os tipos de tecnologia que existem, por exemplo, o bolus, que é um dispositivo que emite por radiofrequência a temperatura ruminal, vaginal, para saber época de cio, ou os brincos eletrônicos, que fazem com que porteiras se abram de acordo com informações específicas daquele animal. Mas tudo isso tem um tempo. Cada empresa tem um tempo certo para implantar uma tecnologia. Muitas vezes é possível fazer ajustes no sistema de produção, na fertilidade do solo, que vão trazer um beneficio muito maior em menos tempo do que as tecnologias de ponta – completa.

Fonte: Canal Rural


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