Blonde D´Aquitaine alcança média de ganho de peso de uma arroba por mês
Animais de apenas 20 meses abatidos com mais de 18 arrobas. É esse o resultado de um criador da raça francesa Blonde D'aquitaine no Centro-Oeste do país. Com números e ganhos como esses, é quase inegável o valor do cruzamento industrial da raça com o nosso Nelore. Essa mistura de sangues torna possível a produção de animais precoces, bem acabados, adaptados, rústicos e dóceis. Para tentar entender como os criadores chegaram à uma produtividade como essa, o Giro do Boi desta segunda trouxe mais um programa da série especial Raças Especiais. E a escolhida dessa semana foi a Blonde d'aquitaine. A raça francesa está no Brasil há pouco mais de 40 anos. Chegou pelo Rio Grande do Sul e logo ganhou espaço por todo o país, em virtude de algumas características peculiares como rusticidade, habilidade materna, precocidade sexual e, principalmente, de acabamento de carcaça. Entrevistado pelo programa Giro do Boi, o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Blonde, Rubens Bushmann, afirma que o cruzamento industrial do nelore com o taurino gera resultados positivos justamente porque o zebuíno é muito tardio e a mistura de sangues corrige essa deficiência. – Este tipo de cruzamento levou o Brasil ao posto de maior país exportador de carne bovina do mundo. Hoje os frigoríficos procuram e pagam melhor quando se trata de um animal obtido través de cruzamento industrial – garante Bushmann. Durante o programa, o apresentador Mauro Ortega também entrevistou o diretor da Fazenda Padrão, Mário Scheidt, direto de Chapadão do Sul (MS). Scheidt realça que o resultado obtido com o blonde é ainda superior quando há o incremento da Inseminação Artificial a Tempo Fixo (IATF). – Hoje abatemos animais com 18 meses com mais de 18 arrobas. Tudo isso graças ao IATF e cruzamento industrial entre as raças – avalia Scheidt. José Hilário Grisuk, proprietário da Fazenda Marechal Rondon, também falou com o apresentador e mostrou resultados ainda mais animadores: animais com 18 meses pesando mais de 20 arrobas. Através de um sistema de consórcio entre lavoura e pecuária, Grisuk confina seus novilhos e obtém um rendimento muito acima da média. – O pecuarista tem que se adaptar às tecnologias e prestar atenção à comida do animal se quiser produzir uma carne de qualidade. Além disso, o confinamento na reta final é a maneira ideal para que a raça melhore a cobertura de gordura e seja ainda mais produtiva – conclui Grisuk. Fonte: RuralBR
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