Cerca de 2.000 cabeças de gado morrem todos os anos no Brasil atingidos por raios
Com o maior número de raios, os criadores de gado têm uma preocupação a mais, a vida do rebanho. Segundo o Elat (Grupo de Eletricidade Estática) do INPE, cerca de 2.000 cabeças de gado morrem todos os anos atingidos por raios. Dois casos que ocorreram em 2013 chama à atenção e servem de alerta. Na cidade de Tunápolis, em Santa Catarina, 36 animais morreram atingidos por descargas elétricas, o que trouxe um prejuízo de R$ 60 mil. Já em São José dos Campos, interior de São Paulo, um fazendeiro perdeu R$ 20 mil com a morte de 23 bovinos. E não são apenas os animais que correm perigo no campo, ainda de acordo com os dados do Elat, das 1.600 mortes por raios que ocorreram nos Brasil entre 2000 e 2012, 61% foram em zonas rurais. Os trabalhadores do campo representam ¼ das vítimas fatais de descargas elétricas no país. Proteção A recomendação do Elat é que o produtor rural faça algumas alterações na propriedade para evitar tais mortes. A primeira delas seria a secção de cercas a cada 100 metros e construção de um local fechado onde os animais possam se abrigar durante a chuva. Por instinto, os bichos procuram se proteger debaixo de árvores e próximo às cercas metálicas, os locais de maior risco na hora de uma tempestade. Como se forma um raio? As nuvens chamadas de cumulonimbus, possuem grande movimento vertical e podem chegar à 12 quilômetros. “Dentro delas existe a formação de gelo e a colisão dessas pedras gera eletricidade. A diferença de carga entre a nuvem e o solo é que vai formar o raio, que pode tanto vir do céu, como sair da terra”, explica a meteorologista da Somar Meteorologia, Olívia Nunes. O número de raios no Brasil é maior no verão, porque o calor favorece a formação das nuvens que geram as descargas elétricas. Fonte: Portal do Agronegócio
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