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17/10/2014
Mais terneiros devem elevar oferta de bovinos em 2015


A escassez de gado, queixa recorrente de frigoríficos gaúchos, pode ser amenizada em 2015. Assim, há perspectiva de redução na alta de preços ao consumidor. Com apoio do clima, o nascimento de terneiros destinados à pecuária de corte voltou a subir em 2013: foi 23% superior ao volume de abates no Rio Grande do Sul.

Levando-se em consideração um período de até 24 meses para que os animais fiquem prontos para serem levados à indústria, o cenário indica maior disponibilidade de animais, confirma o pesquisador Eduardo Dias, do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e da Cadeia Produtiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Nespro-UFRGS).


— A tendência é de aumento dos abates pela maior natalidade no ano anterior — avalia Dias, relacionando ainda a queda na atividade dos frigoríficos neste ano, detectada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao menor nascimento de terneiros dois anos atrás, devido à seca.


Dias afirma que a saída para o Estado evitar sofrer com questões climáticas e manter a oferta imune à sazonalidade é aumentar a produtividade melhorando a oferta de alimento para os animais (com pastagens cultivadas), apostar em bovinos cuja genética permita ganho de peso mais rápido e investir em estratégias como associações entre produtores para construção de confinamentos.


— O pecuarista tem de se tornar também um agricultor. Se o boi come uma planta, tem de aplicar os conceitos da agricultura nas pastagens para ser mais eficiente, como a correção do solo. É preciso aplicar a gestão da agricultura na pecuária — aconselha Dias.


Mais de 50% da carne já viria de fora


Com a oferta de animais durante todo o ano e insuficiente para saciar o apetite dos gaúchos, a saída é buscar carne fora do Estado, principalmente costela — em geral, mais barata do que a produzida no Rio Grande do Sul e por isso mais acessível à população de menor renda.


Para Antonio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a participação da carne de fora do Estado vendida nos supermercados gaúchos, incluindo importações, pode chegar, atualmente, a mais de 50% de tudo o que é vendido:


- Quando aparece uma promoção, é de costela que vem de fora.


Para que os efeitos da maior natalidade cheguem ao consumidor, entretanto, outros fatores precisam ajudar. Um é a volta da chuva no Sudeste. A seca na região tem diminuído a oferta de animais para abate no país, ajudando a elevar o preço do boi. O outro é a exportação, que também reduz a quantidade de carne no mercado interno.


Fonte: BeefWorld


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