No mercado brasileiro de boi gordo, os frigoríficos iniciaram a semana apresentando abates irregulares, operando abaixo da capacidade. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, esta foi uma estratégia para tentar amenizar o quadro de restrição de oferta.

Dentro dessa estratégia, os frigoríficos reduzem a capacidade de abate diário na tentativa de uniformizarem a programação semanal. Conforme Iglesias, não são apenas os frigoríficos de menor porte que a adotaram. Até mesmo os maiores porte se viram obrigados a mudarem sensivelmente suas cargas de abates, em uma clara tentativa de amenizar o quadro de escassez de oferta. “Nem mesmo o comportamento agressivo dos frigoríficos na compra de gado tem ajudado sinal que realmente há um quadro de oferta limitada”, comenta Iglesias.

O volume de contratos a termo é irrisório neste momento. Distante de atender toda a demanda dos frigoríficos. A situação é ainda mais grave para os frigoríficos de menor porte. Sem confinamentos próprios e contratos a termo, eles acabam reajustando de maneira mais incisiva os preços de balcão. “Esse comportamento deve se estender ao longo de todo mês de novembro, a julgar pelas condições de oferta e pela crônica dificuldade em ampliar os prazos de pagamento”, aponta Iglesias.

A média semanal de preços (de 10 a 13 de novembro) no Paraná, segundo dados do CIA-UFPR a arroba do boi gordo se encontra em R$139,07/@

Fonte: Safras & Mercado