China e Arábia saudita cederam o fim do embargo à carne bovina brasileira. Esse fator pode garantir bons resultados para as vendas externas dos produtos. No caso da China, segunda maior economia do mundo, esse mercado pode ser considerado estratégico. "A China importa 300 mil toneladas de carne de outros países, com o fim do embargo, o Brasil tem condições de pegar uma boa fatia desse total", afirma Fernando Sampaio, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Para Sampaio, a liberação de mais plantas para exportação está relacionada com a preocupação das autoridades em comprovar a saúde do rebanho brasileiro: "Nós temos um sistema de defesa agropecuária que funciona, nesse sentido, o Brasil tomou todas as providências", destaca.

Apesar do fim dos embargos, Fernando ressalta que ainda há etapas a serem cumpridas nos dois países. "Atualmente existem oito plantas habilitadas para realizar a exportação de carne bovina, mas temos onze plantas aguardando liberação". De acordo com o Ministério da Agricultura, no caso da Arábia Saudita, serão realizadas inspeções em alguns estabelecimentos brasileiros, antes da liberação definitiva de novas unidades.

De acordo com o Mapa, em 2012, no último ano antes do embargo, as exportações de carne bovina para a China alcançaram US$ 74,87 milhões e US$ 156 milhões com as vendas do produto para a Arábia Saudita.

Exportações podem atingir valor recorde em 2014

As vendas de carne bovina podem atingir recorde em 2014. Segundo o diretor executivo da Abiec, o faturamento esse ano deve atingir a marca de US$ 7 bilhões. Em 2013, as exportações alcançaram US$ 6,6 bilhões.

Fonte: ABIEC