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15/12/2014
Boi vivo e seringa são as apostas de investidor brasileiro no Iraque


Antonio Ruette levanta o plástico empoeirado que cobre o maquinário destinado à produção de seringas em uma fábrica desativada na província iraquiana de Babilônia. Ele dispara a câmera.

O empresário brasileiro viajou por quatro horas de Bagdá até ali, aproximando-se de zonas em conflito armado e cruzando controles militares, para estudar esse equipamento. De volta ao Brasil, ele vai prosseguir com seus planos: quer investir ali.

Se o Iraque afugentou negócios brasileiros nas décadas passadas de guerra, hoje empresários tentam retomar projetos no país –que, em constante reconstrução, tem carência em diversos setores.

Ruette está negociando, por exemplo, para exportar o material médico que produz no Brasil e na Colômbia com sua firma Embramac. Ele também tenta uma parceria com um empresário local e o governo iraquiano para reativar a fábrica da Babilônia.

Por fim, em um terceiro contrato, o brasileiro negocia com a província de Basra (sul) para exportar bois vivos para serem abatidos no país, cujos consumidores preferem a carne fresca em vez da congelada. Para tal, o governo regional já investe na construção de instalações, visitadas pela reportagem.

"Quando eu disse no Brasil que iria ao Iraque, me falaram que eu estava louco", conta Ruette, nascido no interior paulista e dono de um império de exportação de pimenta. "Vim para abrir o mercado. Não tenho medo."

Louco Ruette não está. Mas a situação é crítica no país, invadido pelos Estados Unidos em 2003 e hoje castigado pela guerra com o Estado Islâmico, que neste ano tomou parte de seu território.

A crise é notada nas exportações brasileiras, que somaram US$ 515 milhões entre janeiro e outubro de 2013 mas apenas US$ 323 milhões no mesmo intervalo em 2014.

Cenário

Os esforços empresariais do Brasil são mediados pela Câmara de Comércio Brasil-Iraque, que faz a ponte entre os interessados. "Trazemos empresários brasileiros para participar melhor no Iraque", diz Nawfal al-Sabaki, presidente da entidade.

Sabaki afirma, por exemplo, que há interesse em trazer construtoras brasileiras para esse país, onde hoje se reerguem diversos edifícios.

O cenário, que ainda não é o ideal, necessita porém de um incremento nas relações comerciais entre ambos os países –hoje representadas por venda de frango brasileiro ao Iraque e compra de petróleo iraquiano pelo Brasil.

"Enxergamos o Brasil como um país em que podemos confiar", afirma o empresário local Wathiq Hindo, também ligado à câmara.

Fonte: BeefWorld


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