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29/12/2014
Embrapa busca alternativas para suplementação do gado no Pantanal


Pesquisadores da Embrapa Pantanal, em Corumbá, a 415 quilômetros de Campo Grande, têm buscado alternativas para auxiliar agricultores familiares e assentados da região que no período da seca enfrentam dificuldades para suplementar a nutrição dos seus rebanhos.
Segundo artigo assinado pelos pesquisadores José Aníbal Comastri Filho, Frederico Olivieri Lisita e Sandra Mara Araújo Crispim, os assentamentos da região, quase todos localizados no oeste de Corumbá, têm como principal atividade econômica a pecuária bovina de dupla aptidão, com ênfase na produção de leite e queijos – comercializados nas feiras livres do município.
A escassez da alimentação bovina, conforme eles, com menor produção e qualidade de forrageiras no período da seca, afeta significativamente a principal atividade econômica dos assentados. Na busca para solucionar esse vazio alimentar, os pesquisadores têm adaptado várias tecnologias e implantado em algumas propriedades para demonstrar e capacitar os assentados para que eles possam preparar alimentos para os animais com base nos recursos forrageiros.
Uma das tecnologias repassadas aos produtores foi a utilização da parte aérea de algumas plantas
consideradas, até então, como invasoras, como o algodão de seda (Calotropis procera) e a aromita (Vachellia farnesiana) – que são encontradas, espontaneamente, na maioria dos assentamentos. Outra recomendação repassada para atender às exigências de manutenção e produção dos animais,
principalmente de vacas leiteiras, foi o uso de feno ou silagem de espécies mais proteicas como a
leucena (Leucaena leucocephala), feijão guandu (Cajanus cajan), moringa (Moringa oleifera) e a parte aérea da mandioca de mesa (Manihot esculenta).
Entretanto, economicamente, uma das melhores opções encontradas para suplementar a alimentação dos bovinos nos assentamentos durante a época da seca foi o cultivo da cana-de-açúcar, por ter um baixo custo na implantação, cultivo, corte e fornecimento no cocho. Para essa recomendação, os técnicos da Embrapa Pantanal levaram em conta, principalmente, as características de solo e clima da região dos assentamentos. Essa forrageira destaca-se pela alta produção de matéria seca (90 a 120 toneladas por hectare em um único corte) e por manter o seu potencial energético durante o período seco do ano.
O valor nutricional dessa gramínea não está diretamente relacionado ao conteúdo de proteína, que é extremamente baixo (na ordem de 2 a 3% na matéria seca), mas ao alto teor de açúcar na matéria seca, que pode chegar a 50%, permitindo o seu uso como fonte de energia.
Os pesquisadores apontaram que em mistura com a ureia pecuária + sulfato de amônio, a cana-de-açúcar garante uma alimentação mais adequada para os bovinos. O sistema cana picada + ureia + sulfato de amônio pode ser utilizado também para ovinos e caprinos na concentração de até 1% após um período de adaptação de 7 dias.

Fonte: Globo


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