Representantes de setores ligados à agricultura e pecuária de corte se reuniram ontem com o intuito de formatar o Fórum Permanente da Pecuária de Corte na região de Umuarama. Com objetivo de criar um espaço legítimo para discutir as falhas e as possibilidades do setor, o movimento surgiu fruto do Seminário Estadual de Bovinocultura de Corte, realizado no mês de novembro. 
 
Conforme Joaquim Rocha Martins, engenheiro agrônomo da Emater, na manhã de ontem os personagens do Fórum estruturaram a forma de atuação, dividida em três áreas: pesquisa e assistência, setor público e produtividade. “Vamos unir as forças para geração de tecnologia, a inserção dos poderes públicos, áreas dos setores produtivos, agentes financeiros e o comércio. Três áreas para reforçar as ações propositivas no sentido de superar os gargalos de cada setor”, explicou.
 
Ainda segundo o agrônomo, a agropecuária de corte da região Noroeste representa hoje 36% da produção do Estado e com capacidade de aumentar. Por isso, é necessário promover o desenvolvimento de qualidade visando melhor lucro do produtor e maior espaço no mercado. “Vamos abrir possibilidade para desenvolver a cadeia do gado de corte, que tem uma expressão muito grande do ponto de vista econômica e social, não só para região de Umuarama, mas o Noroeste como um todo”, argumentou.

Martins destacou que de modo geral os indicadores técnicos e econômicos da região são baixos neste setor. Porém, ao mesmo tempo existe um grupo de produtores praticando uma pecuária de alta tecnologia, com resultados excelentes e que oferecerão parâmetros para os demais. “Destas experiências bem sucedidas e do próprio Fórum, pretendemos fazer com que um universo maior de produtores passem a melhorar os seus sistemas. O Fórum é para isso, buscar o desenvolvimento sustentável da pecuária de corte da região”, noticiou.

Conforme o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Umuarama, Antonio Carlos Fávaro, a cidade teve uma redução na área da pecuária de corte nos últimos anos, em função do plantio de cana-de-açúcar. Os números caíram de 73 mil hectares para 50 mil hectares. Mesmo com a queda, Fávaro explicou que a bovinocultura ainda é importante para a economia municipal, principalmente pelo tamanho do rebanho local.

Com possibilidade de Umuarama ser uma das maiores produtoras de carne do Estado, o Secretário falou que é necessária a abertura dos produtores para aceitarem as novas tecnologias. “Temos essa questão da pouca rentabilidade por área. Por isso, o Fórum coloca essa discussão sempre em evidência. O produtor precisa modernizar, tem que investir em tecnologia. Como também, situações com o mercado para o produtor ter mais renda e lucro”, concluiu.

Tecnologia para todos

Fávaro concluiu dizendo que a tecnologia hoje está disponível para todos, mas às vezes não chega ao produtor, como a questão do novilho precoce e o cruzamento industrial. Tais tecnologias importantes para conquistar o mercado mundial. “Temos que trabalhar essa área da organização do produtor, pois a pecuária de corte tem uma boa relação com os fatores climáticos e de solo da região”, finalizou. A próxima reunião Fórum será dia 12 de fevereiro de 2015.

Fonte: UmuaramaIlustrado