Aquisição de gado de reposição será o maior desafio de 2015
A produção de boi gordo em Minas Gerais terá grande desafio em 2015, a aquisição de animais de resposição, cuja oferta está cada vez menor e os preços supervalorizados. O aumento do abate das matrizes provocado pelos preços baixos pago pelo bezerro e do boi magro, ao longo dos últimos anos, aliada à pouca valorização dos produtores de animais de cria, o que desestimulou a atividade, são fatores que contribuíram para a redução da oferta de animais de reposição. O encarecimento do bezerro e do boi magro pesa nos custos de produção do boi gordo que, devido ao atual cenário econômico, enfrenta a concorrência com as demais carnes e não encontra espaçõs para altas. De acordo com o engenheiro agrônomo e coordenador técnico de bovinos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), José Alberto de Ávila Pires, em 2014 a valorização observada nos preços do bezerro foi superior à registrada nos valores pagos pela arroba do boi gordo. “O setor de cria precisa ser valorizado. O aumento dos preços dos animais de reposição se devem aos preços baixos praticados nos anos anteriores, o que incentivou os pecuaristas deste segment a abaterem as matrizes. Dessa forma, a tendência é de menor oferta de bezerros e boi magro, o que pode comprometer o avanço da pecuária de corte", explicou. Ele adicionou que "a cadeia está desequilibrada. Nos últimos anos, o tempo de terminação do boi gordo foi reduzido de quatro anos para dois anos, o que aumenta a demanda pelos bovinos de reposição, procura que se mantêm superior à oferta”. Ainda segundo o representante da Emater-MG, em 2014, a arroba do boi gordo valorizou 30,1% com o volume saindo de R$106 em janeiro, para R$138, em dezembro. No mesmo periodo, a alta nos preços do bezerro chegou a 41,1% com o animal de 8 meses e pesando 6 arrobas sendo negociado a R$1,2 mil em dezembro, frente ao valor de R$850 praticado em janeiro. Fonte: BeefWorld
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