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03/02/2015
Curtumes querem restituição de tributo sobre o couro wet blue


A indústria brasileira do couro pretende retomar neste ano as negociações com o governo federal para obter a restituição de impostos sobre o produto na fase wet blue. A afirmação é do presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), José Fernando Bello.

Atualmente, o couro wet blue tem seu faturamento taxado em 9%. Nas contas do CICB, no ano passado, foram recolhidos por meio dessa taxa R$ 103 milhões. José Fernando Bello lembra que a tributação foi estabelecida como medida de proteção da indústria nacional, em uma época de consumo interno maior de couro. Mas, com o mercado doméstico cada vez mais fraco, a taxa perdeu sua importância.

“Queremos que o governo nos devolva esses 9% para investir em agregação de valor. Pega esse dinheiro e dá um estímulo para quem exporta couro acabado. O setor poderia investir mais”, argumenta o presidente executivo do CICB. Ele ressalta, por exemplo, que 80% do maquinário utilizado pelos curtumes é importado de países da Europa, especialmente a Itália, e também de fornecedores da Ásia.
Em 2014, a exportação de wet blue representou 46% do volume em unidades vendidas. Uma situação bem diferente do verificado há alguns anos, quando a participação superava os 70%, mas ainda distante do que o setor gostaria. A meta do CICB é reduzir para 20% a 25%. As vendas de couro acabado para o exterior representaram 43,9% no ano passado e a de crust (semi-acabado) 9,5%.

“A solução a médio e longo prazo é agregar tecnologia e acabar couro. Todo o curtume gostaria de acabar todo o couro, mas não é possível, muitas vezes, por questões comerciais”, diz ele, ressaltando que, por ter um ciclo industrial mais curto e um giro mais rápido, o wet blue é utilizado para fazer caixa a curto prazo.

Apesar de destacar a urgência da questão, o presidente executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil, José Fernando Bello, informou que ainda não há uma previsão de quando serão retomadas as conversas com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), chefiado por Armando Monteiro.

Fonte: Globo Rural


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