Marfrig chega a acordo com trabalhadores no RS
O Marfrig e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação de Alegrete chegaram a um acordo na reunião realizada hoje pela manhã no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT/RS), em Porto Alegre. Segundo o TRT/RS, a empresa se comprometeu a manter 300 trabalhadores na planta de Alegrete por pelo menos um ano, e realocar outros 120 funcionários em outras unidades do Estado. O juiz auxiliar de Conciliação do TRT-RS, Carlos Alberto Lontra, conduziu a reunião e homologou o acordo. Na reunião realizada na semana passada, o Marfrig havia proposto a manutenção de 250 postos de trabalho no município. O número de postos foi aumentado para 300 na negociação dessa quinta-feira, como uma condição estabelecida pelo sindicato da categoria para aceitar o acordo. A empresa também se comprometeu a oferecer um Programa de Demissões Voluntárias (PDV), que consistirá no pagamento de todas as verbas rescisórias correspondentes à despedida imotivada, no fornecimento de três cartões-alimentação (no valor de R$ 150,00 cada), e na oferta de cursos profissionalizantes aos trabalhadores desligados da empresa. Os empregados que optarem pela transferência para outras unidades do Estado, o Marfrig deverá arcar com as despesas de hospedagem em hotel por 30 dias e despesas com mudança, além de pagar um salário adicional. Com a homologação do acordo, o Ministério Público do Trabalho retira a ação civil pública ajuizada contra a Marfrig na Vara do Trabalho de Alegrete. Histórico O Marfrig havia anunciado a despedida em massa de 600 empregados em Alegrete para o dia 4 de fevereiro, porque pretendia encerrar as atividades. A mediação no TRT-RS ocorreu após a decisão do juiz José Carlos Da Ri, titular da Vara do Trabalho do Alegrete, suspendendo a dispensa dos 600 empregados até que ocorra uma negociação coletiva entre a Marfrig e o sindicato da categoria. A decisão atendeu pedido de antecipação de tutela ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A multa pelo descumprimento da ordem judicial foi fixada em R$ 100 milhões. Fiscalização O MPT/RS e o Ministério do Trabalho vistoriaram nesta semana, em Lajeado, os frigoríficos avícolas BRF e Companhia Minuano de Alimentos. Segundo o MPT, na terça-feira a BRF teve interditada a máquina de moela e recebeu notificação sobre ergonomia. A BRF se comprometeu a melhorar imediatamente o setor de embalagem secundária. Na quarta-feira, a fiscalização visitou o Minuano. Os procuradores afirmam que “a força-tarefa se surpreendeu positivamente, porque a empresa conseguiu resolver os problemas notificados para correção imediata”. O Minuano solicitou mais prazo para solucionar outras questões. O cronograma da força-tarefa no Rio Grande do Sul seguirá a partir de março com inspeções nos frigoríficos de bovinos e suínos. Fonte: Globo Rural
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