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13/02/2015
Produção de pastagens vai aumentar no Brasil


O futuro das pastagens da pecuária de corte do Brasil é de aumento de produção, investimento em pastos nativos e irrigação, além de pesquisas com variedades de sementes ainda mais resistentes ao clima tropical. Este foi o cenário apresentado pela cientista e doutora Patrícia Menezes Santos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Sudeste, de São Carlos, durante a palestra que abriu o Workshop Regional em Produção Animal e Mudanças Climáticas, promovido pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas - SP), Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos - SP) e Embrapa Gado de Corte (Campo Grande – MS), nesta quinta-feira de manhã, no auditório da Unicamp, em Campinas (SP). Patrícia descreveu todos os sistemas de forragem nativos e cultivados hoje nas regiões brasileiras e previu como deve ficar o mapa da pastagem brasileira nos próximos anos. “A produção de forrageiras vai crescer no país inteiro, notadamente no Centro-Oeste e Norte, regiões onde a pecuária de corte avança mais fortemente. No Sul, o azevem deve perder espaço para outros cultivares tropicais, mas a produção também se eleva. Só precisamos planejar bem este desenvolvimento. Mas é um trabalho que está sendo bem feito e demonstra a total sintonia com a evolução dos diversos sistemas de produção da carne bovina brasileira”, completou.

O evento prossegue até amanhã, sexta-feira, na sede da Embrapa Informática Agropecuária, reunindo quase cinquenta mestres, doutores e pesquisadores de diversos estados brasileiros, Argentina, Uruguai, Peru, Venezuela, Chile, Colômbia, Equador e Índia. Eles discutem as principais informações envolvendo o projeto de pesquisa AnimalChange, que agrupa estudos e cientistas da Europa, África, Ásia e Brasil, no  exame da produção animal sustentável e emissão de gases de efeito estufa em várias regiões do planeta. O projeto é liderado no Brasil pela Embrapa de Campinas e integrado pelos outros institutos espalhados no país: Agrobiologia (Seropédica – RJ), Amazônia Ocidental (Manaus – AM), Amazônia Oriental (Belém – PA), Cerrados (Planaltina – DF), Gado de Corte (Campo Grande – MS), Pantanal (Corumbá – MS) e Pecuária Sudeste (São Carlos – SP).

O Workshop Internacional foi aberto pelo Chefe Geral da Embrapa Informática Agropecuária, Kleber Xavier Sampaio de Souza, que saudou a todos e enfatizou o principal objetivo do AnimalChange. “Este intercâmbio que vamos promover nos dois dias tem o propósito de preparar a população e os agentes econômicos para o futuro. Fazer agropecuária moderna e preservar o Meio Ambiente ao máximo. Avaliaremos diversos trabalhos da América do Sul para chegarmos a diversas conclusões e adequarmos dados e situações neste sentido”, afirmou Kleber Xavier. “Vamos preparar um documento ao final do workshop justamente para sintetizar as principais conclusões das palestras e dos debates nestes dois dias”, reforçou Dr. Luís Gustavo Barioni, da Embrapa Informática Agropecuária.

A segunda palestra coube ao Dr. Gustavo Mozzer, da Embrapa Secretaria de Relações Internacionais. Ele destacou como caminham as negociações internacionais e suas implicações em políticas públicas diante das mudanças climáticas globais. “São inúmeras entidades fazendo pesquisas, divulgando informações, procurando influenciar em decisões. Em muitos casos, as instituições prejudicam a discussão, exageram, distorcem a realidade para conseguir o que desejam. Precisamos influir nos processos, participar dos fóruns e atuar politicamente para que as boas idéias e os projetos sérios imperem na questão do Clima e do Meio Ambiente”, reforçou.

A manhã de atividades ainda discutiu os sistemas de produção de leite, o potencial de sequestro de carbono na América Latina e o manejo das pastagens para diminuir as emissões de gases de efeito estufa. À tarde, os participantes vão debater temas como recuperação de pastagens, os projetos Animal Change e Pecus e as mudanças climáticas na Argentina, no Chile e Uruguai. O Workshop prossegue amanhã, com novas seis palestras (Plano ABC, Inventário das emissões de gases de efeito estufa na América Latina e as fazendas de referência do Projeto AnimalChange no continente. O evento tem o apoio do Programa Quadro da Comunidade Europeia (FP7), órgão que financia o projeto AnimalChange.

Fonte: Beefworld


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