As exportações de carne do Uruguai para a cota 481 à Europa já somam 7.500 toneladas e estima-se que ao fechamento do exercício agrícola em junho próximo alcançará um volume similar ao do ano anterior – 10 mil toneladas – e superará a cota Hilton.

Por outro lado, a exportação de carne bovina segue com o panorama de janeiro e fevereiro passado, quando a Europa – que é o destino dos cortes de maior valor – baixou em 15% o preço para os cortes Hilton, com relação ao último trimestre de 2014 por causa da desvalorização do euro frente ao dólar, informou o vice-presidente do Frigorífico San Jacinto, Gastón Scayola.

Ele disse que agora o piso depende das compras da China, cujos preços são mais baixos do que o Uruguai vinha obtendo, o que cria maiores dificuldades. Os Estados Unidos não estão comprando nos volumes e preços dos últimos meses de 2014, a Rússia está comprando a preços mais baixos e do Paraguai, e a Europa está com o problema do valor de sua moeda.

“Esse ano, a cota 481 tem se complicado pela desvalorização do euro, o que faz com que os importadores pretendam baixar consideravelmente os preços. Isso dificulta a negociação e impacta no fluxo comercial, mas certamente, a partir de 1o de julho que começa o novo exercício, a situação estará mais normalizada”.

Por outro lado, o presidente da Associação Uruguaia de Produção de Carne Intensiva Natural (Aupcin), Alvaro Ferrés, disse que “a quantidade de gado confinado é baixa”, mas que dois fatores podem levar a um aumento: alta oferta de reposição e preços baixos dos alimentos. Se o boi gordo tem uma tendência de alta, há uma oportunidade para confinar muito gado, porque a capacidade instalada dos currais de engorda é muito grande. Por sua vez, ele disse que o negócio da cota 481 se manterá estável, sem crescimento, porque a cota tem sido completada pelos importadores europeus.

Fonte: BeefPoint