As vendas de carne bovina uruguaia à China marcaram um recorde no mês passado, registrando um crescimento de 40,53% com relação a março de 2014, mas no acumulado anual, o volume exportado a esse mercado cresceu 51,21%.

A dependência desse mercado se acentuou mais devido ao fato de os frigoríficos precisarem redirecionar as vendas de cortes com osso que antes enviavam à Rússia, onde a desvalorização da moeda local e o aumento da carne bovina paraguaia deixaram o Uruguai fora do mercado; a isso, soma-se o crescimento na demanda chinesa.

Segundo dados do Instituto Nacional de Carnes (INAC), até agora nesse ano foram exportadas 26.741 toneladas em março de 2015, frente às 17.684 toneladas exportadas no mesmo mês de 2014. Comparando somente o terceiro mês do ano, os frigoríficos uruguaios exportaram um total de 8.830 toneladas contra 6.283 toneladas.

Na nova realidade do mercado mundial de carnes, onde no caso das carnes uruguaias é a China que está mantendo a equação de valores e o maior importador em volume, os valores dos cortes com osso caíram entre 7% e 8% com relação a março de 2014, segundo o diretor do Frigorífico Pando, Eduardo Urgal. A baixa é maior que para os cortes desossados.

O problema é que os cortes com osso são mais importantes na equação de negócios da indústria frigorífica. Ainda que com a citada baixa de valores, os importadores chineses se mostram bastante dinâmicos na operação de compra que desenvolveram até o momento.

Até a primeira semana de abril, as exportações de carne bovina foram 18% superiores em faturamento (medida em dólares) e 18% maior no volume exportado. A tonelada exportada pelo Uruguai teve uma leve valorização, de 0,5% – US$ 3.932 contra US$ 3.909 em 4 de abril de 2014, segundo dados do INAC. Foram exportadas 101.454 toneladas frente às 86.225 toneladas exportadas na data citada.

Fonte: BeefPoint