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08/05/2015
Expozebu mostra estratégia do país para “era da carne cara”


O preço da arroba de boi gordo põe em questão a capacidade de resposta da pecuária brasileira, mostra a Expozebu, mais expressiva exposição do setor que ocorre em Uberaba, no Triângulo Mineiro, até domingo.

O evento de 81 anos, focado em genética, revela que o setor passa por transformações que começam no cultivo de pastagem e apontam para a verticalização da cadeia, com uma concentração maior de animais nas fazendas. Por outro lado, não assegura redução nas cotações nem no preço da carne nos açougues.

A Expozebu 2015 reúne 2 mil animais, espera público de 220 mil pessoas e faturamento próximo de R$ 50 milhões. Em três dias, os leilões já atingiram R$ 26 milhões.

Os números são comparados aos das melhores edições, embora não reflitam o salto na cotação do boi em pé registrado nos últimos anos. Porém, fora da feira, trabalhando em sistemas industriais que dependem menos de reprodutores avaliados em mais de R$ 30 mil, o setor está se verticalizando, contam os especialistas.

Os preços estão sim estimulando a produção, confirma Luiz Mário Salvi, diretor da Araiby e um dos coordenadores da Expozebu. Um exemplo claro é a própria mudança na estrutura da feira, que tem pelo segundo ano um evento paralelo direcionado à produção de alimentos para o gado (a Expozebu Dinâmica), afirma.

A produção de carne começa como agricultura, no cultivo de pastagem, e não como pecuária, defende. A Araiby reuniu 50 marcas para mostrar, por exemplo, o desempenho de colheitadeiras de silagem. Os visitantes conhecem ainda 60 variedades de pastagens e variações do sistema que integra pecuária com lavouras e florestas.

A pecuária começa a entender, na prática, que é hora de “corrigir erros do passado”, afirma Salvi. Em sua avaliação, a criação de gado extensiva, com índice de menos de um animal por hectare, terá de ficar para trás.

O setor não prevê queda no preço da carne no mercado interno. A abertura do mercado dos Estados Unidos à carne brasileira, esperada para os próximos meses, deve aumentar o peso das exportações e fazer com que o consumidor brasileiro tenha que se acostumar a pagar mais pela carne vermelha, afirma o pecuarista João Gilberto Bento, um dos coordenadores da Expozebu.

“O consumo interno assume um novo status. O consumidor brasileiro passa a entender que espetinho, considerando a realidade do mercado internacional, é um luxo”, afirma.

Fonte: Gazeta do Povo


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