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18/05/2015
Brasil vai rastrear carne Angus para dar mais qualidade ao produto


A carne Angus no Brasil terá sua origem rastreada a partir de agora. A procedência genética do animal só poderá ser estampada nas embalagens após passar por um procedimento de controle conduzido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e depois de fiscalizado pelo Ministério da Agricultura. Para o consumidor, essa medida pode significar preço maior, o selo, porém, pretende transmitir confiança de qualidade ao produto. Essa decisão passou a valer depois de uma circular do ministério e da assinatura de um protocolo entre a Associação Brasileira de Angus (ABA) e a CNA.

As entidades envolvidas acreditam que o controle atenderá mercados mais exigentes, diferenciará produtos por qualidade e preço nas prateleiras, dará mais qualidade à carne brasileira e trará segurança e transparência na identificação de rótulos e alimentos. "Isso nos possibilita mais que ampliar exportação, dá caráter de credibilidade no mercado", avaliou José Roberto Pires Weber, presidente da ABA.
A adesão ao Protocolo Angus, que dará certificação à carne do rebanho que seguir as especificações determinadas, não exigirá pagamento de tarifas ou taxas. Na avaliação dele, isso contribuirá para que a carne brasileira seja vendida no mercado internacional por um preço superior. "Nossa carne, em qualidade, não fica devendo nada a nenhuma outra", afirmou.

José Martins da Silva, presidente da CNA, celebrou a assinatura do protocolo e afirmou que o rebanho brasileiro vem melhorando, mas pode avançar mais. "Nossa carne deixa muito a desejar. Estamos assinando esse protocolo de modo que possamos levar aos mercados mais exigentes uma carne de qualidade", disse.

A partir de 1º de junho começa o cadastramento de produtores no programa. Com isso, o rebanho deve ser colocado na Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), um sistema do Ministério da Agricultura, e terá de cumprir exigências.

Décio Coutinho, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura afirmou que esse processo de rotulagem estava conturbado e agora ficou claro. "Quem for colocar essa marca, tem de fazer conforme determina o protocolo e a legislação. O consumidor poderá pegar na prateleira e terá a certeza de que o produto é relativo a exatamente o que está no rótulo", explicou o secretário.

Novos mercados
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Décio Coutinho, afirmou nesta quinta-feira (14/5) que o Protocolo Angus e o módulo de rastreabilidade dentro da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) não garantem, sozinhos, novos mercados. Segundo ele, a negociação com os Estados Unidos e outros mercados está baseada na garantia do Serviço de Defesa Agropecuária.

"Lógico que o protocolo, dentro do PGA, é mais um instrumento para que os mercados entendam e tenham informações sobre os produtos brasileiros", ponderou Coutinho. "Ele sozinho não garante e traz mais mercados, o que faz isso é produto de qualidade, com fiscalização sanitária adequada", observou.

Exportação para China
O protocolo sanitário com a China, permitindo a exportação de carne brasileira para o país asiático, deve ser assinado na próxima semana, segundo afirmou também Décio Coutinho. Ele não deu mais detalhes, mas disse que na viagem à Ásia, encerrada nessa quarta (13/5) foi fechada a documentação que será assinada no Brasil. No próximo dia 18, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, acompanhado de 150 empresários, desembarca no Brasil para fechar acordos com o governo brasileiro e com o setor privado. "Estivemos na China preparando a visita do primeiro-ministro", disse Coutinho.

"Foi uma missão apenas para preparar a documentação que vai ser firmada na próxima semana", afirmou. O governo brasileiro espera que durante a missão chinesa seja resolvida a liberação das exportações de carne bovina do Brasil para o país. Durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, no ano passado, foi encerrado o embargo à carne brasileira - uma barreira que havia sido levantada em 2012. Para que o Brasil volte a exportar para a China, no entanto, é necessário um protocolo sanitário.

Fonte: Globo Rural


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