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17/06/2015
Crise econômica no país chega aos frigoríficos e falta até carne de boi


O comércio foi o símbolo de uma era no Brasil: o do consumo, a era do consumo da ascensão das novas classes médias. Hoje, oficialmente, o comércio virou símbolo da recessão.
Em abril as vendas do comércio tiveram a terceira queda consecutiva do ano. O resultado foi 0,4% menor do que o de março. Ou seja, comparado a abril do ano passado, caiu ainda mais: 3,5%. Foi o pior desempenho desde 2003.
O comércio apanha com a redução no consumo das famílias, mas apanha também o setor de frigoríficos, entre outros. No Mato Grosso do Sul, a queda por demanda de carne contribuiu para o fechamento e demissão de trabalhadores em frigoríficos de 13 municípios do estado.
Já são 10 frigoríficos de médio e grande porte que encerraram as atividades em Mato Grosso do Sul desde janeiro do ano passado.
“São 6 mil pessoas que deveriam estar trabalhando no local do frigorífico e em municípios que não tem outro ganho ou renda e precisa empregar esse pessoal”, diz Rinaldo Salomação, secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentos de MS.

Dona Petrona trabalhava em um frigorífico em Campo Grande e não consegue voltar ao mercado de trabalho porque o setor não está contratando. “Estou há três meses parada, sem receber mais nada", conta Petrona Ormedo, desempregada.

No campo também falta boi gordo, uma consequência do alto custo para repor os animais e também da substituição da pecuária por atividades mais lucrativas.
Dados do Ministério da Agricultura revelam que o rebanho bovino brasileiro, o segundo maior do mundo, reduziu em mais de 2,5 milhões de cabeças nos últimos quatro anos, mas a associação que representa os donos de frigoríficos em Mato Grosso do Sul diz que esse não é o único motivo do fechamento das indústrias.
“A crise econômica , a baixa demanda e a falta de animais acabados para o abate, a soma disso tudo leva esses empresários a desistir dessa atividade”, diz João Alberto Dias, presidente da Assocarnes-MS.
Hoje, para a indústria que abate o boi, que comercializa a carne, realmente não é o melhor cenário.

Em todo o país, 26 unidades fecharam neste ano, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Frigoríficos. As exportações da carne bovina caíram 15% nos primeiros quatro meses de 2015, na comparação com o mesmo período de 2014.
Já no mercado interno, a procura está 20% menor, estimam os empresários. A carne já subiu mais de 18% no último ano. “Três dias na semana, aí, substituir por ovo, outras coisa aí, frango”, conta o comerciante Hélio Fagundes.

E com o número de frigoríficos no setor diminuindo, os empresários temem ainda reflexos em outros mercados. “É extremamente danosa para a cadeia toda da carne. Não só para a indústria frigorífica, mas para as indústrias de curtimento de couro, para as indústrias que produzem sebo, porque começa a faltar matéria-prima no nosso estado”, afirma João Alberto Dias, presidente da Assocarnes-MS.

Fonte: PorkWorld


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