Paraná livre de febre aftosa sem vacinação é tema de fórum
Sociedades rurais do Paraná, associações de raça, núcleos de criadores, a indústria e produtores rurais realizam no dia 17 de julho (sexta-feira), o Fórum “Paraná Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. Vamos Debater?”. O evento será realizado das 08h30 às 16h, no Parque de Exposições de Maringá. O intuito é fazer um amplo debate com as cadeias produtivas sobre o pedido de área livre de febre aftosa sem vacinação, proposto pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), ao Mistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A programação do evento será composta por quatro palestras. A ex- secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo do MS e hoje deputada federal Tereza Cristina, abordará o tema “Planejamento, Implantação e Gestão do Programa Febre Aftosa com Vacinação no Estado do Mato Grosso do Sul”. Tereza relatará o Case do foco de febre aftosa ocorrido no Estado quando estava à frente da secretaria, e quais as medidas tomadas para reestruturação das barreiras sanitárias. Em seguida, o médico veterinário, professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), mestre em Virologia e doutor em Biologia Molecular, Amauri Alfieri, falará sobre “A Defesa Sanitária Frente à Perspectiva de Nova Realidade Epidemiológica: Paraná Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação”. O tema “Normas e Legislação para Adquirir Status de Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação” será ministrado pelo coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) do Mapa, Plinio Leite Lopes. O professor doutor da Universidade de São Paulo (USP) e responsável pelas pesquisas de carnes e leite do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Sérgio De Zen, encerrará o fórum com o tema “Análise Econômica de Setor Pecuário e Riscos Comerciais”. De acordo com a conselheira da Sociedade Rural de Maringá (SRM) Maria Iraclézia de Araújo, "as entidades, neste momento, se mobilizam no sentido de trazer para o debate junto aos produtores, especialistas que possam esclarecer dúvidas de aspecto técnico, econômico, sociais e de legislação. Vale ressaltar que o status solicitado pelo Governo é importante e tem os seus benefícios, porém é preciso considerar os riscos que são reais, dado a complexidade de se controlar as áreas de fronteiras, bem como os impactos gerados por esta decisão”, esclarece. Segundo o presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Moacir Sgarione, o assunto teria que ter sido melhor discutido antes do Paraná solicitar este pedido ao Mapa, e que é fundamental elencar e tornar de conhecimento de todos os prós e os contras da suspensão da vacinação. O diretor do Frigorífico Astra do Paraná Jeremias Silva Júnior, também ponderou que se de fato for aprovado o pedido de “Paraná Livre de Febre Aftosa sem Vacinação”, muitos frigoríficos que exportam e industrializam a carne podem migrar para outros estados, devido a falta de matéria-prima, podendo gerar com isso, uma diminuição no número de postos de trabalho no Paraná. Fonte: BeefWorld
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