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16/07/2015
JBS fecha mais uma em MT


O mês de julho não chegou à metade, mas está sendo marcado pelo movimento negativo de demissões e fechamentos de frigoríficos no Estado. Até ontem, por exemplo, três plantas tiveram as atividades suspensas, gerando uma massa de demitidos de cerca de 1,4 mil trabalhadores em vários pontos de Mato Grosso. Nesta terça-feira, a JBS S.A., um dos maiores processadores de proteína animal do mundo, confirmou mais uma suspensão, tratada como temporária, de sua planta em Matupá, município a cerca de 700 quilômetros ao norte de Cuiabá. A paralisação, iniciada ontem, vai desligar ao longo dos próximos dias 200 funcionários.

No início do mês a multinacional brasileira encerrou o abate e o processamento de carne bovina na unidade de Cuiabá, eliminando aproximadamente 500 postos de trabalhos diretos. No último dia 6, foi a vez da Minerva Foods encerrar as atividades na unidade Mirassol D´Oeste (329 quilômetros ao oeste de Cuiabá), suspendendo 701 funcionários. Ampliando a análise, a unidade de Matupá já é a terceira fechada pela JBS, no Estado, em pouco mais de 60 dias. No início de maio, a filial de São José dos Quatro Marcos também teve os abates suspensos. Naquele momento mais de 700 pessoas estavam empregadas no frigorífico. Considerando a demissão de mais 700 trabalhadores, o saldo negativo do segmento nos últimos dois meses sobre para 2,1 mil, sendo cerca de 1,4 mil somente da JBS, ou seja, 67% apenas da multinacional brasileira no Estado.

Em nota, a direção da JBS/Friboi reforça mais uma vez que a decisão foi motivada pela pela baixa disponibilidade de matéria-prima em algumas regiões do país, inclusive em Mato Grosso, o que tem provocado um sistemático aumento da ociosidade na indústria nacional.

Ainda como esclarece a companhia, e com já anunciou durante o fechamento da unidade de Cuiabá, será ofertado a todos a possibilidade de transferência para outras unidades em Mato Grosso ou de outros Estados. “Para aqueles que não aceitarem a transferência, a JBS promoverá o desligamento e consequente indenização trabalhista, dentro da legislação vigente. A decisão de suspender as atividades da unidade já foi devidamente comunicada ao sindicato representativo da região”. No Estado de Mato Grosso, a JBS ainda mantém em operação 11 unidades.

ESTOQUES – Mato Grosso detém o maior rebanho de bovinos do país, cerca de 28,5 milhões de cabeças, mas deve fechar o ano de 2015 com o menor estoque de boi prontos para o abate dos últimos nove anos. São os bois com mais de 24 meses é que movimentam as escalas de abate dos frigoríficos e que preenchem a capacidade instalada das plantas.

Conforme dados apurados pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), por meio dos registros feitos pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT), estoque de animais machos prontos para abate é 3,9 milhões de cabeças. Esse resultado é reflexo do grande volume de matrizes encaminhadas para o abate entre os anos de 2011 e 2013, estratégia que comprometeu a oferta de animais para reposição nos anos seguintes e que começa a ser sentida em 2015. Em uma perspectiva para o curto prazo, para os próximos dois anos, a disponibilidade começa a melhorar em 2016, mas o grosso dos animais disponíveis para abate chegará somente em 2017, quando o estoque deverá ultrapassar mais de 4 milhões de cabeças aptas ao gancho.

MÃO DE OBRA - Na semana, a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) disse que ia acompanhar de perto os trabalhadores demitidos recentemente do setor de frigoríficos a fim de facilitar o acesso, por meio do Sine Itinerante, às medidas protetivas, às vagas de emprego e à capacitação profissional.

De acordo com o secretário Valdney de Arruda, todas as medidas serão adotadas com o objetivo de diminuir o impacto dessas demissões. “Vamos garantir o acesso ao seguro-desemprego, faremos o encaminhamento ao mercado de trabalho, levando em conta o perfil profissional de cada de um, e de acordo com as vagas que estão abertas nos diversos setores. Para àqueles que não se enquadrarem nas vagas disponíveis, nós vamos oferecer qualificação por meio do Programa Emprega Rede”, disse.

O governo do Estado também está propondo aos frigoríficos o rompimento dos contratos de trabalho, mas encaminhando os colaboradores para a qualificação. “Esta modalidade foi proposta pelo governo federal para reduzir o número de demissões e atender às demandas disponíveis. Algumas empresas ainda estão analisando as possibilidades. Este dispositivo está previsto nestes casos e tem o suporte do seguro-desemprego para manter a remuneração do trabalhador durante a qualificação”, explicou.

Fonte: Agrolink


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