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03/08/2015
Crise leva 27% dos brasileiros a limitar gastos com carne bovina


A crise econômica no Brasil levou consumidores a cortar gastos com a carne bovina no segundo trimestre de 2015, de acordo com levantamento realizado pela dunnhumby a pedido do Broadcast. A consultoria britânica estima que 27% dos brasileiros tenham limitado gastos com produtos de origem bovina entre abril e junho, em relação ao mesmo período do ano passado. A análise foi feita com base em dados de compras de 22 milhões de consumidores, obtidos por meio de parcerias no varejo nacional. Destes, 3,6% deixaram de comprar a carne bovina no período.

Para complementar sua dieta, o consumidor tem preferido outras proteínas animais, mais baratas, ou opta por categorias de maior praticidade. A dunnhumby estima que 24% dos brasileiros tenham migrado para outras categorias no segundo trimestre, como suínos, que ficaram com 41,5% da troca. Os pratos prontos congelados ficaram em segundo lugar, com 19,8%, seguidos pelas aves resfriadas (14,3% da troca).

O efeito de substituição entre as carnes foi impulsionado pela menor competitividade da carne bovina no segundo trimestre. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esals-USP), em abril o preço do quilo da carne de frango chegou a valer apenas 34% da carne bovina. Os analistas do Cepea também ressaltaram que a arroba do boi gordo atingiu em março a diferença recorde de R$ 79,06 em relação à arroba do suíno em São Paulo. Nos meses seguintes, os preços da carne bovina continuaram em patamares significativamente superiores aos registrados pelo suíno.

“Acho que há dois grandes fenômenos contribuindo para essa migração. Um é a inflação da carne, que ganhou força nos últimos 12 meses, e o outro é uma tendência específica que observamos na crise econômica”, afirma o diretor-geral da dunnhumby no Brasil, Adriano Araújo. O representante da consultoria se refere ao resultado de um painel de consumidores realizado no País, no qual 28% dos brasileiros consultados reduziram custos em categorias básicas para manter pequenos luxos e indulgências.

“É comum pensar que os gastos supérfluos são os primeiros a serem cortados em tempos de crise, mas indicamos um grupo que economiza em categorias essenciais para manter padrões conquistados durante a ascensão da nova classe média”, explica o diretor, acrescentando que o comportamento foi verificado em todas as faixas de renda.  No que tange às carnes, a consultoria também destaca que brasileiros das classes A e B preferem migrar para proteínas animais alternativas a optar por cortes mais baratos do boi.

FONTE: BeefPoint.


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