O que você achou do nosso site?



07/08/2015
MT: Abates têm novo desenho


O ano de 2014 encerrou com 12 frigoríficos com o Serviço de Inspeção Federal (SIF) fechados, plantas paralisadas em todas as regiões de Mato Grosso. Em 2015, somente nos primeiros sete meses desse ano a desativação somou 20 unidades, apontando um crescimento de 75% nas paralisações. O centro sul e o norte, ambos com quatro plantas paralisadas, são as regiões com maior número de desativações. Já o médio norte tinha uma unidade operando no ano passado e neste ano está sem indústrias com o SIF em funcionamento. A crise sobre o segmento reflete a atual conjuntura econômica do país e especialmente, em Mato Grosso, a falta de animais prontos para abate, o que reduz a escala das indústrias e consequentemente afeta a capacidade instalada de produção e o lucro das unidades.

Conforme levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em 2014 havia 29 plantas frigoríficas com SIF (certificação que permite o trânsito interestadual e a exportação da produção) em operação no Estado. Em 2015, até a segunda quinzena de julho, apenas 20 unidades. O Instituto avaliou as macrorregiões do Estado – sudeste, centro-sul, norte, nordeste, oeste, noroeste e médio-norte – e em todas há unidades paralisadas. A mais prejudicada é a médio norte que iniciou o ano sem nenhuma planta com SIF em atividade.

Em função da importância da cadeia pecuária para o Estado e pelo volume de demissões que tem impactado especialmente no interior, o governador do Estado, Pedro Taques, construiu um entendimento junto ao segmento que resultou na unificação da alíquota na incidência do ICMS.

Conforme o gerente de Projetos da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), Fábio Silva, apesar de os números mostrarem impactos maiores em determinadas porções geográficas do Estado, não existe somente uma região prejudicada. “Mato Grosso como um todo é o maior prejudicado nessa história”.

Questionado sobre o efeito das paralisações seqüenciais dos frigoríficos sobre o valor da arroba, bem como sobre a previsão de manutenção da valorização da commodity, Silva explica que a indústria passa por uma reestruturação da sua capacidade frigorífica instalada em Mato Grosso. “Entendemos que o Estado precisa passar por isso, mas, entendemos que essa reorganização interna da indústria não pode prejudicar o pecuarista mato-grossense. Portanto, espera-se que os preços permaneçam nos patamares atuais e que somente as questões mercadológicas influenciem o preço do boi gordo no Estado”.

Somente no mês de julho, entre os dias 2 e 15, três plantas anunciaram a paralisação das operações, duas unidades da JBS Friboi, Cuiabá e Matupá e uma da Minerva Foods, em Mirassol D´Oeste. Juntas, as filiais de grandes empresas do setor no país e no exterior eliminaram 1,4 mil postos de trabalhos.

‘X’ DA QUESTÃO - Mato Grosso detém o maior rebanho de bovinos do país, cerca de 28,5 milhões de cabeças, mas deve fechar o ano de 2015 com menor estoque de boi prontos para o abate dos últimos nove anos. São os bois com mais de 24 meses é que movimentam as escalas de abate dos frigoríficos e que preenchem a capacidade instalada das plantas.

Conforme dados apurados pela Acrimat, por meio dos registros feitos pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT), estoque de animais machos prontos para abate é 3,9 milhões de cabeças. Esse resultado é reflexo do grande volume de matrizes encaminhadas para o abate entre os anos de 2011 e 2013, estratégia que comprometeu a oferta de animais para reposição nos anos seguintes e que começa a ser sentida em 2015. Em uma perspectiva para o curto prazo, para os próximos dois anos, a disponibilidade começa a melhorar em 2016, mas o grosso dos animais disponíveis para abate chegará somente em 2017, quando o estoque deverá ultrapassar mais de 4 milhões de cabeças aptas ao gancho. Esse resultado é reflexo do grande volume de matrizes encaminhadas para o abate entre os anos de 2011 e 2013, estratégia que comprometeu a oferta de animais para reposição nos anos seguintes e certamente atinge o pico de escassez em 2015.

Fonte: Beefworld


 Voltar  Enviar para um amigo  Imprimir

 30/05/2019 - Novo Site CIA/UFPR
 13/05/2019 - Acordo pode fortalecer EUA no mercado de carne bovina do Japão
 13/05/2019 - Queda no preço do milho deve elevar confinamento em até 7%
 13/05/2019 - Exportações de boi em pé ajudam a sustentar preços de reposição
 13/05/2019 - Previsão do tempo para esta Terça-feira (14/05/2019)

 
 

Nome
E-mail