O que você achou do nosso site?



12/08/2015
Pesquisadores sugerem alimentar gado com algas para uma carne melhor para o meio-ambiente


Um novo estudo mostrou que os bovinos podem ser capazes de começar a comer algas ao invés de seus grãos normalmente consumidos. O farelo de algas, que sobram quando os processadores usam biocombustíveis à base de algas, normalmente é queimado – mas descobriu-se que as vacas acham esse produto saboroso.

“Após o processo de extração do óleo, o resíduo de alga inclui um pouco de gordura, fibras e proteína, todos nutrientes essenciais para bovinos”, disse a professora associada de “nutrição de bovinos de corte confinados” da Universidade do Estado de Iowa, Stephanie Hansen, que também é uma das autoras do estudo. “Os bovinos são bem adequados para digerir alimentos fibrosos, como farelo de alga, tornando esse produto um excelente alimento para ruminantes”.

Os bovinos consomem quantidades enormes de alimentos, parcialmente porque digerem alimentos de forma ineficiente. A produção de carne bovina precisa normalmente de 28 vezes mais terra para produzir do que carne suína e frango. Também usa 11 vezes mais água e produz cinco vezes mais emissões climáticas do que outras carnes. Embora os arrotos e esterco sejam responsáveis por parte da poluição, a maioria dos problemas vem da produção de grãos que os animais comem e na conversão disso em alimentos animais.

“As pegadas da carne bovina convencional são quase inteiramente devido à produção de seus alimentos”, disse Gidon Eschel, que calculou as pegadas de carbono de diferentes refeições em um estudo diferente no ano passado.

As algas, diferentemente do milho, por exemplo, podem ser produzidas com muito pouca energia, terra e água. Os pesquisadores estão trabalhando com Solazyme, uma companhia que usa açúcar em tanques de fermentação para produzir algas para biocombustíveis. “É um processo com muito pouco carbono”, disse o chefe de sustentabilidade da companhia, Jill Kaufmann Johnson. “A matéria-prima da cana de açúcar passa a ser uma fonte de carbono muito baixa e é alimentada pela chuva. E os resíduos da cana de açúcar serve de energia para todo o processo de produção. “Todo o processo também requer muito menos terra do que milho ou pasto”.

Os bovinos provavelmente podem mudar completamente para comer algas, mas isso pode substituir uma porção substancial de outras colheitas. No estudo, alguns dos animais consumiram alimentos que eram quase metade microalgas. “O farelo de alga pode ser bem adequado como parte de uma dieta completa para bovinos, substituindo uma porção do milho ou outros alimentos tipicamente usados na dieta”.

E com cada pedaço de milho que pode ser substituído, a pegada de carbono da carne bovina pode ser reduzida. O Solazyme está finalizando a avaliação de todo o ciclo de vida agora, de forma que ainda não é possível dizer exatamente como a alga pode ajudar, mas é seguro dizer que os onívoros podem em breve ser capazes de se sentir um pouco menos culpado por apreciar hambúrguer.

Os pesquisadores estão trabalhando para obter aprovação do FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) e esperam que os produtores possam ser capazes de começar a fornecer algas aos animais em 2016.

FONTE: BeefPoint.


 Voltar  Enviar para um amigo  Imprimir

 30/05/2019 - Novo Site CIA/UFPR
 13/05/2019 - Acordo pode fortalecer EUA no mercado de carne bovina do Japão
 13/05/2019 - Queda no preço do milho deve elevar confinamento em até 7%
 13/05/2019 - Exportações de boi em pé ajudam a sustentar preços de reposição
 13/05/2019 - Previsão do tempo para esta Terça-feira (14/05/2019)

 
 

Nome
E-mail