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13/08/2015
Mato Grosso do Sul tem 22 espécies de carrapatos identificadas


Alertar e divulgar à população sobre as 22 espécies de carrapatos já identificadas em Mato Grosso do Sul, até o momento, é a finalidade de um cartaz - produzido a partir de informações do Museu do Carrapato - pela Embrapa Gado de Corte, Fundect, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Fiocruz, pelo Instituto Butantã e o Programa de pós-gradução de doenças infecciosas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
 
Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Renato Andreotti, o carrapato do boi, por exemplo, pode impactar no cenário econômico de Mato Grosso do Sul, por se tratar de um estado importante na cadeia produtiva de bovinos do País, além de causar problemas como a transmissão de doenças para humanos.
 
"O agente da febre maculosa brasileira, que é transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma, circula no estado, sendo necessárias medidas de saúde pública. Temos três publicações sobre o tema e com esses trabalhos já conseguimos sensibilizar a Secretaria de Saúde do Estado e fazer um treinamento para os técnicos do setor de zoonoses sobre identificação de carrapatos, importância e diagnóstico da doença", informa o pesquisador.
 
Nos últimos meses, foram registrados três casos suspeitos da febre maculosa, contraída a partir do carrapato, em veterinários que trabalham em uma fazenda de Maracaju (a 150 km de Campo Grande). Andreotti explica que a doença causa febre forte, dor de cabeça e evolui para o aparecimento de pontos avermelhados nos cotovelos, joelhos e na palma das mãos e nos pés. "Depois de cinco dias começam as necroses e problemas neurológicos causados por entupimento de vasos. De uma maneira geral, depois que aparecem as lesões no sistema nervoso elas são de difícil reversão", acrescenta.
 
Vale lembrar que, ao cair no solo, uma fêmea de carrapato que transmite a febre maculosa - o mesmo tipo que infecta capivaras, por exemplo - é capaz de fazer uma postura de cinco a oito mil ovos que se transformam em larvas. "Durante um piquenique no parque, milhares de carrapatos podem subir em uma pessoa. A bactéria que causa a doença pode ser transmitida ao ser humano caso seja picado por quatro horas contínuas pelo carrapato contaminado", informa o pesquisador.
 
Além disso, o carrapato pode transmitir vírus e outros agentes potencialmente patogênicos. Outra informação importante é que, ao picar alguém, o carrapato não apenas suga o sangue, mas também injeta substâncias para evitar a reação do organismo do hospedeiro. "Quando ele faz isso, ocorre uma imunossupressão no local da picada que facilita o desenvolvimento dos agentes transmitidos", diz Andreotti.
 
Pesquisa
 
Na Embrapa Gado de Corte são desenvolvidas tecnologias para a saúde animal, além de conhecimentos estratégicos visando contribuir com a entrega de outros subprodutos à sociedade como, por exemplo, desenvolvimento de vacina contra o carrapato; controle químico do carrapato; teste carrapaticida aos produtores e avalição do fitoterápico originário da Tagetes minuta para controle dos carrapatos de boi, cavalo e cães a partir do óleo essencial dessa planta.
 
"Tanto a vacina, quanto o fitoterápico, são alternativas para tecnologias que agridam menos o meio ambiente e forneçam um produto mais seguro ao consumidor sem contaminação dos produtos de origem animal", conclui o pesquisador.

Fonte:Agrolink


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