Frigoríficos aumentam leque de serviços a pecuaristas
A necessidade de assegurar previsibilidade na oferta de gado e diluir riscos inerentes à produção de bovinos em confinamentos, além da crescente demanda por cortes de maior qualidade, está mudando a face das relações entre frigoríficos e pecuaristas no Brasil. Nesse sentido, os frigoríficos vêm ampliando o leque de serviços oferecidos aos pecuaristas. A Minerva Foods é a mais avançada dentre os frigoríficos, garantindo em torno de 30% de sua demanda por gado por meio dos serviços que oferece. Dentre eles, o “boi a termo” – contrato no qual o frigorífico “trava” o preço do boi para o pecuarista no mercado futuro ou de opções – é o mais usado. Na JBS, o gado adquirido por meio desse tipo de contrato representa 13% (1,1 milhão de cabeças) do total que compra no Brasil. Já o Marfrig não detalha o percentual, mas informa que comprará 400 mil cabeças este ano por meio dos contratos de “boi a termo”. Além disso, cada vez mais, os frigoríficos tendem a avaliar o gado individualmente, estabelecendo o preço segundo critérios de qualidade da carcaça (como gordura, idade e raça). É o caso, por exemplo, do “Pacto Sinal Verde”, programa recém lançado, com a participação da JBS. Na Minerva e na Marfrig, as iniciativas mais recentes envolvem políticas de fomento à produção. Em 2015, a Minerva destinará R$ 10 milhões para financiar pecuaristas na compra de ração, adotando um protocolo de tratamento que acelera o tempo de engorda. Em troca, o pecuarista paga em arrobas, incluindo uma taxa do financiamento. A Marfrig lançou no ano passado um programa no qual subsidia a inseminação artificial de gado selecionado, também acelerando o abate. Fonte: Beefpoint
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