Um guia técnico de trabalho para erradicar a febre aftosa na América do Sul foi aprovado no último dia 19 em Cuiabá (MT). O documento, que elabora as ações contra a doença, recebeu a aprovação dos delegados da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa). O guia lista orientações técnico-epidemiológicas e metodologias e define as estratégias a serem executadas pelos países sul-americanos para que a doença seja erradicada até 2020. A última etapa será a retirada da vacinação. Algumas das ações estabelecidas pelo documento incluem a avaliação do risco de febre aftosa nas zonas livres com vacinação, a caracterização dos sistemas produtivos e zonificação para a transição do status sanitário, e a gestão do risco para detectar a vulnerabilidade da reintrodução do vírus nas zonas livres.

Durante o encontro, pediu-se ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento brasileiro maior rapidez nos estudos para evolução do programa, possibilitando a retirada total da vacinação ou, ao menos, o fim da vacinação de animais maiores de 24 meses. “A retirada da vacinação de animais adultos já resultaria em uma economia, aos produtores, de cerca de 100 milhões de doses de vacina ao ano. Parte destes recursos poderia ser destinada a um fundo privado de emergência sanitária, para quando houver a retirada total da vacina”, diz o documento. Destaca ainda que o produtor terá aumento da renda não apenas na economia com as vacinas. “A erradicação possibilitará ao Brasil derrubar barreiras e alcançar importantes mercados que compram US$ 4 bilhões ao ano.”

Fonte: BeefWorld