Mercado de carnes deve crescer 52 mi de t nos próximos dez anos
Em entrevista exclusiva à Agência Safras, o palestrante da BeefExpo e Diretor da OD Consulting, Osler Desouzart, passou uma mensagem de otimismo. O mercado de carnes vai crescer 52 milhões de toneladas nos próximos dez anos, e o negócio deve se deslocar para a Ásia, América Latina e África. “A produção deve aumentar nos países em desenvolvimento, perseguindo a demanda. Neles se concentrará 75% da expansão”, afirmou. O ponto negativo, por sua vez, é que quem não se aprimorar não vai participar desse crescimento. “O produtor que fica com boi no pasto por quatro ou cinco anos vai desaparecer em questão de tempo. O crescimento se dará àqueles que primarem por tecnologia, ciência, melhorias constantes e aos que não se contentam com o que têm”, declarou, acrescentando que sobreviverão 20% dos produtores hoje existentes, que é a parcela que se comporta de forma ideal, segundo a visão do Diretor da OD. A carne bovina deve se tornar mais cara com o passar dos anos; será produto de luxo. Entretanto, esse é um fator que não deve preocupar os produtores, pois, “assim como temos um bilhão de pessoas que não come o suficiente, temos um bilhão de quem come o que quer”, de acordo com o consultor. Desouzart diz que o fazendeiro não é mais um granjeiro e, sim, um empresário rural. “Preços competitivos, qualidade e flexibilidade no atendimento às demandas do cliente não são mais atributos diferenciadores. São o mínimo para entrar no mercado e permanecer”, explicou. Os países em desenvolvimento citados por Desouzart são compostos primordialmente pelo Brasil, o qual explica ser dominante em produção de carne bovina, suína e aves. De forma isolada, as grandes potências são compostas pelo Brasil, Estados Unidos e o resto do mundo, conforme opinião do Diretor da OD. Para concluir, o consultor aconselhou o produtor a se tecnificar e a se aperfeiçoar. “O mundo não vai esperar você progredir”, finalizou. Fonte: BeefWorld
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