Embora ainda não repitam o desempenho de 2014, as exportações brasileiras de carne bovina in natura e processada em outubro mantiveram seu crescimento em relação aos meses anteriores de 2015, segundo informações do Secex do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compiladas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO). Em outubro as vendas alcançaram 133.295 toneladas exportadas obtendo-se uma receita de US$ 540 milhões, contra as 117.590 toneladas registradas em setembro.
Mesmo assim, no acumulado do ano, os números do setor estão aquém dos obtidos em 2014 até aqui: entre janeiro e outubro de 2014 foram comercializadas 1.292.731 toneladas do produto com o que se atingiu a uma receita de US$ 5,95 bilhões. Entre janeiro e outubro de 2015 a movimentação foi 1.110.260 toneladas para uma receita de US$ 4,75 bilhões. Comparativamente, a queda foi de 14% em quantidade e de 20% nas receitas.
Segundo as informações da ABRAFRIGO, de janeiro a outubro as maiores quedas nas vendas da carne bovina brasileira por região ocorreram no Leste Europeu (306.694 ton em 2014 e 163.675 ton em 2015); América do Sul (194.574 ton em 2014 e 133.523 ton em 2015); Extremo Oriente (321.163 ton em 2014 e 283.470 ton em 2015) e Europa Ocidental (105 mil ton em 2014 e 95.425 ton em 2015). Apresentaram crescimento das importações no período o Oriente Médio (de 110 mil ton em 2014 para 142.803 ton em 2015); América do Norte, (de 20.082 ton em 2014 para 27.916 ton em 2015) e o Sudeste Asiático, com compras de 25.062 ton em 2014 e 26.542 ton em 2015, o que não chegou a compensar as quedas das outras regiões.
Entre os principais compradores da carne bovina brasileira (com aquisições superiores a US$ 100 milhões) em primeiro lugar está Hong Kong, com US$ 786,9 milhões, porta de entrada do mercado chinês. Na sequência estão Egito (US$ 565,5 milhões), Rússia (US$ 518 milhões), Venezuela (US$ 448 milhões), Irã (US$ 318,2 milhões), China, que em 2015 passou a realizar também compras diretas (US$ 305,9 milhões), EUA (US$ 250,7 milhões), Chile (US$ 217,9 milhões), Itália (US$ 182 milhões), Países Baixos (US$ 126,2 milhões) e o Reino Unido (US$ 124,7 milhões. Destes, apenas o Egito (+ 30%), o Irã (+ 23%), China (+ 971% e os EUA (+ 37%) aumentaram suas importações do Brasil. No total de janeiro a outubro, 65 países aumentaram suas compras do produto brasileiro enquanto que outros 82 reduziram suas aquisições.
Os estados que mais movimentaram o comércio exterior da carne bovina brasileira foram São Paulo com 279.781 ton; Mato Grosso, com 210.605 ton; Goiás, com 167.223 ton; Rondônia, com 108.411 ton; Mato Grosso do Sul, com 100.190 ton e Minas Gerais, com 81.545 ton. Santos (SP), foi o porto que maior movimento apresentou na exportação do produto com 48,9% do total, seguindo-se São Francisco do Sul (SC), com 23,1%; Paranaguá (PR), com 9,6% e Itajaí com 4,9% do total.

Fonte: Beef World