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04/03/2016
Hereford e Braford: uma alternativa para superar a crise


A nova onda do cruzamento industrial, capitaneada por uma iniciativa pioneira do grupo Marfrig, junto à Associação Brasileira de Angus, com o lançamento do Programa de Fomento Marfrig Angus em 2008, mudou a cara da pecuária brasileira, direcionando o cruzamento para uma raça britânica e uniformizando resultados. O programa atingiu proporções e objetivos inimagináveis quando do seu lançamento, na antiga Feicorte –SP.

Os criadores que realizavam o cruzamento, num primeiro momento, somente buscando ganhos de heterose, fato que resultou na expansão do uso da IATF e, consequentemente o uso de genética superior através da inseminação, reduzindo o tempo de engorda e aumentando a quantidade de arrobas produzida, começaram a perceber as vantagens indiretas do uso das britânicas para produção de carne para um consumidor mais exigente, quanto na qualidade das matrizes F1 que ficaram no campo, provocando um melhoria na qualidade nutricional ofertada aos animais e o incremento e constância da oferta de carne de tipo “gourmet’ no mercado nacional.

Numa só tacada, o programa atuou em três pontos chaves para o incremento da produção de carne por hectare: nutrição, genética e valor agregado ao produto.

Percebemos que, no fim de 2015, o cruzamento industrial volta a se estabelecer como ferramenta fundamental para o aumento da rentabilidade para o criador e a expectativa é de se expandir ainda mais em 2016. Porém, começamos a verificar uma natural expansão do uso incorreto dos cruzamentos, ou ainda, de novas soluções para fazê-lo, muito mais baseadas em “achismos” do que em testes exaustivos e repetitivos. Com isso, diversos tipos de problemas, como peso de carcaça, acabamento e falta de opções para a retenção das F1.

Com isto, corremos o risco de, em mais alguns anos, retroceder no uso dessa tecnologia, principalmente no uso do cruzamento industrial em sistemas de pastoreio extensivo ou semiextensivo, com reflexos na cria e consequentemente na matéria prima para os confinamentos, já que o mau uso das qualidades das diversas raças no cruzamento industrial tem como consequência deixar o “mico” – a vaca de cria - na mão do produtor.

Nossa Entidade aprendeu muito nesses mais de 40 anos, fazendo do Braford uma raça, não apenas um cruzado de Hereford com zebuíno. Por ser uma Entidade que abriga os interesses de criadores de uma raça pura (Hereford) e a sua sintética (Braford), desenvolvemos muita experiência em realizar o cruzamento de Hereford em outras raças e no desenvolvimento de uma raça capaz de se adaptar as mais difíceis condições de clima e nutrição, o Braford.

A Entidade repetidamente bate na tecla do uso de touros nacionais HB para produção de F1 com qualquer raça, sendo muitas vezes mal interpretada e taxada de ser contra os importados. Somos uma Entidade de produtores que vivem exclusivamente do agronegócio e dentro da fazenda, fato que ajudou muito no desenvolvimento da “expertise” da seleção dos animais HB no país, utilizando a genética importada e ferramentas de avaliação genética para selecionar os touros e matrizes mais adaptadas ao nosso clima e sistemas de produção, oferecendo o produto pronto e adaptado aos criadores comerciais.

Fonte: Beefworld


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