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09/03/2016
Novo presidente dos EUA deve abrir mercados, avalia CEO da JBS no país


Independente do partido que saia vencedor nas eleições deste ano, é importante que o novo presidente dos Estados Unidos seja alguém voltado para a conquista de mercados e tenha a preocupação de manter o país aberto para a força de trabalho imigrante. É a avaliação do CEO da JBS USA, André Nogueira, executivo responsável pela operação que responde pela maior parte da receita global da companhia de proteína animal com matriz brasileira.

As eleições norte-americanas estão nas primárias, em que os representantes de cada partido tentam conquistar a nomeação para concorrer à presidência. No partido Democrata, o mesmo do presidente Barack Obama, a ex-secretária de estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton lidera a corrida . Já no partido Republicano, os pré-candidatos estão em maior número e quem está à frente na disputa é o empresário Donald Trump, que tem conquistado a preferência do eleitorado e tem como principais adversários Ted Cruz e Marco Rubio.

“Se o presidente eleito for alguém que vai trabalhar pela abertura de mais mercados, isso nos interessa”, diz o executivo, mencionando como exemplo a Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em ingês), assinada pelos Estados Unidos e outros 11 países do pacífico norte. Atualmente, a operação sediada em Greeley, no estado do Colorado, embarca carne in natura e processada para mais de cem países. Para André Nogueira, o ganho de competitividade com o tratado comercial pode levar ao que chama de “salto” nas exportações a partir dos Estados Unidos.

A atenção com a política para os imigrantes encontra fundamento quando se olha a situação de algumas plantas da companhia em território norte-americano. A operação da JBS USA tem 55 mil funcionários e a presença de estrangeiros e descendentes é visível no escritório central de Greeley – caso dos brasileiros - e também quando se percorre linhas de produção em diferentes regiões do país.

Em Cactus, no estado do Texas, bandeiras de países diferentes penduradas em uma área comum indicam as nacionalidades das pessoas que trabalham no complexo onde o processo é feito do abate até a distribuição da carne processada. O gerente geral, Manny Guerrero, carrega no sobrenome a origem mexicana de sua família, a mesma raiz de Omar Martinez, gerente geral da unidade de Riverside, no estado da Califórnia. A planta de Marshalltown, no estado de Iowa, emprega afro-americanos, latinos e indígenas.

“A mão de obra imigrante e legal é muito importante para nós. Todos os imigrantes que estão conosco são legais”, garante. “Os Estados Unidos são o país mais aberto do mundo e se o presidente for alguém com uma visão bastante aberta em relação aos imigrantes, para nós é interessante”, acrescenta André Nogueira, nascido em Italva, no norte do Rio de Janeiro.

 

Ambiente de negócios


Com experiência em cargos executivos no Brasil e em vários outros países, Nogueira acredita que, a despeito das mudanças políticas, os Estados Unidos têm o ambiente mais favorável para a atividade empresarial que ele conseguiu encontrar. “As regras são claras, factíveis e o regulador é muito razoável na aplicação dessas regras, que são para todo mundo”, diz ele.

O executivo destaca que, considerando o tamanho da economia norte-americana, a interferência do estado é relativamente pequena. Desta forma, mesmo uma empresa de matriz estrangeira, ambiente de negócios pouco pode ser influenciado diretamente pelo presidente, seja qual for. “Eleger A, B ou C, a interferência sobre o nosso negócio como para outros negócios nos Estados Unidos, é mínima”, afirma, em entrevista a jornalistas brasileiros na sede da JBS USA.

Fonte: Globo Rural


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