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22/03/2016
Vacinas que integram o programa sanitário de bovinos


A vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa é obrigatória, seguindo o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). Tem como estratégia principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença no país.

No Brasil, é realizada em todos os estados e no Distrito Federal, com exceção do estado de Santa Catarina, considerado como livre de febre aftosa sem vacinação desde 2007 pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O produtor deve seguir o calendário oficial de cada estado ou região.

No estado de São Paulo, por exemplo, a vacinação é semestral, sendo no mês de maio, vacinados os bovinos e bubalinos com idade abaixo de 24 meses e, no mês de novembro, todo o rebanho. A aquisição e aplicação da vacina são de responsabilidade dos proprietários dos animais e o controle das campanhas oficiais de vacinação é de responsabilidade do serviço oficial de defesa.

A vacinação contra a brucelose também é obrigatória, seguindo o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). Tem como objetivo reduzir a prevalência e a incidência de novos focos da doença, diminuindo os prejuízos econômicos ao produtor e o impacto negativo desta zoonose na saúde pública, além de promover a competitividade da pecuária nacional.

A vacina de brucelose (amostra B19) é aplicada uma única vez em fêmeas bovinas e bubalinas com idade entre 3 e 8 meses. A vacinação é de responsabilidade técnica de médicos veterinários cadastrados no serviço oficial de defesa sanitária animal de seu estado de atuação.

As fêmeas vacinadas são marcadas a ferro candente com a letra V, acompanhada do algarismo final do ano da vacinação, no lado esquerdo da cara. Por ser uma vacina viva e patogênica para o homem, deve ser manuseada com cuidado, evitando-se a contaminação. Recomenda-se o uso de óculos e luvas de proteção. Após o uso, os frascos, as agulhas e seringas devem ser esterilizadas e descartadas adequadamente.

A vacinação contra Raiva é voluntária para os produtores, no entanto, o serviço oficial de defesa sanitária torna-a obrigatória quando aparecem focos esporádicos da doença em certas regiões. A aplicação da vacina é anual e feita em todo o rebanho, independentemente de idade.

Embora seja voluntária, os produtores reconhecem a necessidade de vacinação contra as doenças causadas por clostrídios, pela significativa redução de mortalidade dos animais. Das clostridioses que acometem os bovinos, estão entre as mais importantes o Carbúnculo Sintomático, Botulismo, Enterotoxemia, Tétano e Edema Maligno.

Atualmente existe no mercado um variado número de vacinas contra várias doenças (leptospirose, rinotraqueite infecciosa dos bovinos (IBR), diarréia bovina a vírus (BVD), mastite, paratifo, pasteurelose, campilobacteriose, colibacilose, mastite ambiental), que devem ser indicadas pelo Médico Veterinário responsável pelo rebanho, baseado principalmente na ocorrência da(s) doença(s) na propriedade ou na região e no tipo de produção (corte ou leite).

Cada caso vai exigir uma conduta específica, um programa de vacinação de acordo com a realidade local. Na prática, as vacinas passam a fazer parte dos programas de vacinação da propriedade quando a doença suspeita é confirmada por sorologia, achada clínicos e de necropsias ou outra forma de diagnóstico que confirme a sua ocorrência.

Cabe ainda ao veterinário, junto ao produtor, a análise de custo-benefício para a tomada de decisão com relação a aplicação de determinada vacina. O melhor calendário sanitário é aquele que se adapta à realidade de uma propriedade ou de uma região.

Ressalta-se ainda, que medidas complementares de manejo, tais como alimentação e suplementação mineral adequada, higiene, controle de vetores de doenças (mosquitos, carrapatos, morcegos), destinação correta de carcaças de animais, isolamento e tratamento de animais doentes, entre outras, devem ser realizadas para melhor controle das enfermidades.

Fonte: BeefWorld


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