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15/04/2016
Butiques de carne ditam um novo jeito de consumir churrasco


Fileiras de geladeiras com variados tipos de carnes, que vão da tradicional picanha ao bife de chorizo argentino, decoram os estabelecimentos que vêm se popularizando entre os amantes de churrasco na Barra e no Recreio. São as chamadas butiques de carne. Nesses espaços, onde há expositores do alimento na área interna e churrasqueiras ou grelhas na externa, os clientes podem consumi-lo de maneira personalizada: escolhem o tipo de corte que desejam comer, a quantidade a ser preparada, o quanto ele deve ser assado. E, se não quiserem degustá-lo no local, podem simplesmente mandar embrulhar e levá-lo para casa, como em um açougue tradicional.

— Esse modelo de churrasquinho, diferentemente dos de espetinho e rodízio, é até mais econômico para o cliente, porque ele paga pelo que de fato vai consumir. No rodízio, por exemplo, você gasta um valor alto e nem sempre come o correspondente — comenta o piloto de avião Pedro Vidaurre, que, no dia da visita da equipe do GLOBO-Barra, uma sexta-feira à noite, estava indo pela primeira vez à Praticità, butique de carnes localizada na Avenida Olegário Maciel e com outra unidade no Recreio. — Outra vantagem é poder provar uma carne mais nobre sem ter que comprar a peça inteira. Já pensou pagar uma fortuna pelo corte inteiro e achar ruim?

Naquela sexta-feira, a Praticità estava lotada de clientes que, como Vidaurre, veem no novo modelo uma maneira mais inteligente de degustar um bom churrasco.

— Hoje as pessoas não têm mais a mentalidade de comer até o estômago doer, como se fazia antigamente, inclusive para compensar os altos preços das churrascarias. Elas se preocupam mais com a alimentação; a mentalidade mudou. Os clientes preferem comer uma quantidade pequena de uma carne melhor, com um corte personalizado, por um preço justo — afirma Quenia, gerente da Praticità.

O AMBIENTE É A PRINCIPAL DIFERENÇA

Apesar das peculiaridades de cada butique, algumas características unem todas elas: a grande variedade de cortes de carne, incluindo tipos mais nobres; a possibilidade de o cliente comprar uma peça inteira e mandar cortar ao seu gosto, bem como a existência de pequenas porções já cortadas em bifes; e a disponibilidade de acompanhamentos como molhos, pão de alho e farofa. O modus operandi também é parecido: o cliente vai até as geladeiras, escolhe os itens de sua preferência, paga no caixa e leva o que foi comprado à churrasqueira, onde determina o ponto em que deseja que a carne seja assada.

— Tinha visto esse modelo em São Paulo e no Espírito Santo, onde nasci, mas aqui no Rio ele demorou um pouco mais a chegar, talvez pelo fato de os churrascos nos espetinhos fazerem muito sucesso. Fico feliz que agora tenhamos esses restaurantes aqui no bairro — conta Pedro Vidaurre.

O fato de estarem pagando por uma quantidade específica da carne — o preço é por quilo, como nos supermercados — é um denominador comum na preferência dos clientes, que ressaltam ainda a facilidade de reunir grupos nesses estabelecimentos.

— Você tem a opção de escolher o quer que seja feito aqui, na hora. Muito melhor que rodízio; não fica aquela abundância de gordura, só a quantidade necessária. Tenho feito muitos almoços de negócios aqui. Trago as pessoas e escolhemos carnes no tamanho certo — conta Luiz Santos, cliente antigo do tradicional restaurante Dom Hélio, localizado no condomínio Itaúna Shopping, na Barra.

Sua mulher completa:

— Gostamos daqui porque comemos a carne do jeito que nos agrada. O ponto, por exemplo, é uma coisa muito difícil nos outros lugares: ou ela vem torrada ou crua.

Preparar, literalmente, o seu próprio churrasco também é uma possibilidade. A mercearia Del Toro, no Recreio, oferece essa modalidade em eventos para grupos fechados.

— Aos domingos, fazemos muitos eventos privados. É o mesmo esquema do funcionamento dos outros dias: o cliente escolhe as carnes e paga por peso, podendo usar a estrutura do restaurante e ainda botar a mão na massa. No dia a dia não temos como permitir isso; são muitos clientes — explica Dudu Mesquita, dono do local.

Se são parecidas no serviço, as butiques de carne são muito diferentes umas das outras. O Dom Hélio é um restaurante clássico, que instalou um frigorífico no salão e uma churrasqueira na varanda, onde oferece música ao vivo. Já o Praticitá parece um supermercado de carnes do lado de dentro e um barzinho do lado de fora. Enquanto isso, o Del Toro, de ambiente descontraído, oferece ambientes externo e interno e ainda mantém um food truck em frente ao restaurante, na Rua Silvia Pozzano. Os casais Eduarda e Robson Szigethy e Marco e Alessandra Marinho costumam frequentar o Dom Hélio com os filhos. Numa sexta-feira à noite, enquanto os adultos esperavam pela carne que haviam escolhido, as crianças brincavam no espaço kids da casa.

— Gostamos muito de vir aqui. O ambiente é bom para a família, e esse esquema de escolher a carne é muito bom para grupos — conta.

Já a atmosfera do Del Toro, com cara de restaurante durante o dia e bar durante a noite, agrada a Luciana Marczak.

— Venho menos vezes do que eu gostaria. É um lugar diferente, tem várias opções de cervejas e carnes. Sexta tem música ao vivo, e é bom para vir com o marido. Sábado, no almoço, gosto de trazer as crianças — conta.

Para Hélio Borba, proprietário do restaurante que leva seu nome, quanto mais personalizado o atendimento, mais vezes o cliente volta:

— Trabalhei 21 anos no Porcão e percebi que havia essa demanda, um cliente que queria uma carne melhor, preparada de maneira personalizada.

Fonte: BeefWorld


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