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13/05/2016
Como diminuir os prejuízos com o carrapato-do-boi


Com entrada gratuita, além das oficinas de fruticultura, plantas medicinais e produção de leite o visitante poderá conhecer 12 tecnologias a campo como de ILPF, forrageiras e consórcios; mostra de tecnologias com orientação de especialistas; feira de produtos da agricultura familiar; dinâmicas de máquinas e implementos agrícolas e ainda se informar com atendimento institucional de várias instituições parceiras.  O público alvo da Tecnofam é o agricultor familiar ou mesmo profissionais de assistência técnica e extensão rural, estudantes, acadêmicos, professores e pessoas ligadas ao setor agropecuário. Para conferir a programação completa, se inscrever e participar do evento sem pagar nada, o interessado deve acessar o link: https://bitly.com/1SXbkez.

Nossa pecuária movimenta mais de 170 milhões de bovinos e a produtividade poderia ser maior se não fosse os danos causados pelo carrapato. Estudos e pesquisas avançam para resolver os problemas por ele causados e até uma vacina está sendo estudada, mas enquanto a solução não chega os prejuízos podem ser minimizados com o controle estratégico, afirma o pesquisador Renato Andreotti que ministrará uma oficina na Tecnofam.
O carrapato-do-boi, Rhipicephalus (Boophilus) microplus, que acarreta grandes prejuízos para a nossa pecuária de mais de três bilhões de dólares por ano, com perdas na produção de leite e carne é também responsável pela transmissão de doenças, inclusive podendo acarretar morte de animais, informa o pesquisador.

Sua apresentação será de forma clara, objetiva e interativa. Inicialmente Andreotti mostrará aos participantes mais de 20 espécies de carrapatos - as mais comuns de Mato Grosso Do Sul que parasitam porcos, cães domésticos, morcegos, aves, tamanduás, gambás, cavalos e tantos outros animais. Mas o foco será o carrapato-do-boi, um parasito que pode dar um prejuízo por animal de 90 litros de leite por dia e 2,3 arrobas por animal por ano, bastando para isso um número de 138 carrapatos em uma vaca leiteira e 180 carrapatos em um animal cruzado de corte. É um estrago grande, não só na perda de leite e carne como também nos danos que eles causam no couro dos animais pelas reações inflamatórias nos locais onde se fixam ou pela transmissão de doenças, como a tristeza parasitária.
Além disso, há de se contabilizar os prejuízos relacionados aos tratamentos de combate ao parasito como o custo de mão de obra, de instalações, aquisição de acaricidas e carrapaticidas e de equipamentos de suporte para aplicação deles nos rebanhos. Sem contar a grande preocupação: a da contaminação de resíduos químicos na carne e no leite e no ambiente; solos e rios.

Controle estratégico do carrapato deve ser bem feito para dar bom resultado
A única forma de minimizar os prejuízos do carrapato-do-boi é seguir o controle estratégico preconizado pela Embrapa. Esse será o recado do pesquisador aos produtores. "Nós vamos apresentar dez passos que o produtor deve seguir para controlar a infestação dos carrapatos. Se assim for feito, os prejuízos serão menores e os animais dificilmente ficarão doentes", diz Andreotti.

O primeiro passo é de o produtor usar o produto adequado no seu rebanho. E como o produtor vai saber qual é o produto adequado? A Embrapa Gado de Corte faz o teste de graça. É só acessar o link http://cloud.cnpgc.embrapa.br/controle-do-carrapato-ms e seguir os passos.
A Embrapa recebe as amostras, analisa e orienta o produtor. Segundo o pesquisador, esse teste é fundamental para que o produtor use o produto certo. O segundo passo diz respeito a melhor época para controlar o carrapato que é de iniciar no final da seca. A recomendação é dar de 5 a 6 banhos carrapaticidas com intervalos de 21 dias ou usar produtos pour-on e/ou injetável. O terceiro passo é de o produtor seguir a bula do produto. O quarto é usar equipamentos de proteção na aplicação dos produtos e banhar os animais a favor do vento para não se intoxicar.

O quinto passo é aplicar o banho com o animal contido, no sentido contrário ao dos pelos, com pressão adequada e em toda a superfície do corpo. Evitar dias de chuva e horários de sol forte para não intoxicar o animal. O sexto é reduzir o número de carrapatos nas pastagens. Andreotti orienta: "Os animais devem retornar à mesma pastagem para que os carrapatos que neles subirem morram e aqueles que sobreviverem serão combatidos no próximo banho antes da queda".

O sétimo passo é dar mais atenção aos animais de sangue doce, aqueles mais infestados – responsáveis pela recontaminação das pastagens. Estes devem ser tratados com mais frequência, diz Andreotti. O oitavo passo é controlar a entrada de animais na propriedade –"os recém-adquiridos devem ser tratados no local de origem e isolados por 30 dias em um pasto quarentena", recomenda o pesquisador. O nono passo é evitar infestações mistas – equinos e bovinos devem ser mantidos em pastos separados para não ter infestação cruzada de espécies diferentes de carrapatos e o décimo passo o pesquisador recomenda avaliar uma vez por ano o desempenho do produto –"escolher o produto cuja eficácia seja superior a 95% e voltar na Embrapa para realizar o teste".

Segundo Renato Andreotti, a maioria dos produtores combate o parasita com carrapaticidas quando os animais já estão altamente infestados e sofrendo os efeitos parasitários como baixo rendimento e, por outro lado, as pastagens também estão infestadas desfavorecendo o controle. "O maior problema de não controlar o parasito de forma correta e eficiente é a disseminação da resistência das populações de carrapatos aos produtos utilizados no seu controle levando ao aumento dos prejuízos econômicos", alerta Andreotti.

Na oficina da Tecnofam o pesquisador passará outras informações do controle estratégico do carrapato; seu ciclo de vida, suas relações com as variações de temperatura e umidade, raças de bovinos utilizadas no sistema de produção e manejo das pastagens.
Além disso, ele enfatizará a questão da resistência dos carrapatos em relação aos carrapaticidas disponíveis no mercado. "É motivo de permanente preocupação nossa e por isso nos disponibilizamos a identificar a possível presença de resistência nas populações aos produtos mais utilizados no mercado", diz Andreotti que acrescenta: a Embrapa Gado de Corte analisa amostras de carrapato e o produtor recebe informações de qual base química utilizar, além de orientações para os procedimentos.
Uma vez realizados os exames laboratoriais para determinação da eficiência dos produtos carrapaticidas e disponibilizadas orientações técnicas, acredita-se em uma maior conscientização dos produtores para o uso correto de carrapaticidas em bovinos.

Em sua apresentação o pesquisador falará também do projeto em andamento sobre uma vacina contra o carrapato onde já existe disponível tecnologia para se produzir o produto recombinante com efeito parcial no controle do carrapato.

Fonte: Agrolink


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