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16/05/2016
Cálculo facilita semeadura de consórcios


Pesquisas da Embrapa Agropecuária Oeste revelaram que a quantidade de sementes de forrageiras utilizadas nas lavouras consorciadas do Mato Grosso do Sul tem sido maior do que a quantidade necessária, o que prejudica o estabelecimento ideal da produção. Agora, uma fórmula que considera a população desejada de plantas, o peso das sementes e o valor cultural da germinação ajudará produtor a reduzir seus custos e aumentar sua eficiência.

Desenvolvida pelo engenheiro-agrônomo da Embrapa Agropecuária Oeste, Gessi Ceccon, a equação matemática tem a finalidade de definir a quantidade de sementes a ser utilizada para que haja o estabelecimento de densidade adequada de plantas nas lavouras que utilizam o consórcio milho-braquiária, considerando os parâmetros de pureza e de germinação do lote de sementes adquirido pelo produtor.

Por meio desse cálculo, o produtor poderá evitar excesso ou falta de pastagens, aumentando a garantia de sucesso do plantio do milho, reduzindo prejuízos financeiros, evitando retrabalho e contribuindo com a adoção e/ou expansão do sistema de produção consorciada.

Aplicação prática

Segundo Gessi, esse cálculo pode ser utilizado em dois momentos: na compra das sementes, com o vendedor, para saber quanto de sementes deverá ser adquirida para a lavoura; e, no momento da semeadura, para ajustar a população desejada de plantas. "De modo geral, o parâmetro utilizado na comercialização de sementes de forrageiras é o Valor Cultural (VC) e, para a semeadura, tem sido utilizado o número de sementes puras viáveis (SPV) ou pontos de VC. No entanto, esses dois parâmetros consideram apenas a relação entre pureza e germinação das sementes, com base apenas na sua viabilidade, que é informada pelo teste de tetrazólio. Esses critérios não consideram o vigor das sementes, que representa a capacidade de as sementes germinarem em condições de campo e se transformarem em plantas", esclarece. Outro fator desconsiderado é a quantidade de sementes por unidade de peso (peso de mil sementes).

Veja abaixo a equação:

Txa (kg/ha) = ((POP x PMS) / VCG )

em que:

POP é a população desejada de plantas por metro quadrado;
PMS é o peso de mil sementes da forrageira;
VCG é o valor cultural de germinação (%), obtido em areia ou em solo semelhante ao que será utilizado na semeadura.

O resultado obtido (taxa) será em quilogramas (Kg) de sementes comerciais por hectare.

Exemplo

Na semeadura de um hectare de B. ruziziensis, com população de 10 plantas por metro quadrado; peso de mil sementes de 5,55 gramas e valor cultural de germinação de 60%, seriam necessários 0,916 kg/ha:

Taxa = ((10 x 5,5)/ 60) = 55/60 = 0,916

Por que hoje é possível usar menos sementes do que no passado?

Pesquisas demonstraram que o cultivo de sementes forrageiras em maior quantidade do que o necessário faz com que o excesso da população de braquiária prejudique o desenvolvimento do milho. Essa prática pode estar associada às formas antigas de beneficiamento das sementes forrageiras, que reduziam as taxas de germinação e seu vigor, o que prejudicava o estabelecimento das pastagens. Por causa disso, o plantio precisava ser efetuado com uma quantidade maior de sementes para que, ao final, a população almejada fosse alcançada.

Atualmente, o avanço do uso de tecnologias no beneficiamento de sementes, que eliminam a maior parte das impurezas dos lotes, transformou esse cenário. A legislação brasileira estabelece valores mínimos de pureza e de germinação, sendo que a combinação desses dois componentes determina o valor cultural, ou seja, o VC de um lote de sementes. Enquanto a pureza está relacionada à porcentagem da espécie de interesse no lote, a germinação indica a porcentagem das sementes puras que germinam e originam plântulas normais.

O engenheiro-agrônomo da Embrapa Agropecuária Oeste, Gessi Ceccon, exemplifica a importância dessas características: um lote com VC= 50% significa que em cada saco de 10 kg de sementes somente 5 kg poderão originar plântulas. As demais sementes do lote não terão sucesso no estabelecimento.

Para auxiliar os produtores na hora de calcular a quantidade de sementes necessárias, ou seja, fazer o cálculo da taxa de semeadura das forrageiras, tanto em cultivo solteiro quanto em consórcio com milho, é preciso identificar qual a população desejada de plantas.
 

Fonte: Portal DBO


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