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16/05/2016
ANCP: Seminário lança Selo de Qualidade, Índice Bioeconômico e Sumário


Duzentas pessoas entre pecuaristas, pesquisadores, professores, técnicos, e representantes de agropecuárias, centrais de inseminação e associações das raças bovinas e dos criadores acompanharam nesta sexta-feira, em Ribeirão Preto (SP), o 22º Seminário Nacional da Associação de Criadores e Pesquisadores (ANCP), que marcou o lançamento do Índice Bioeconômico, primeira iniciativa no Brasil de elaboração de um índice de avaliação genética que contempla especialmente os aspectos econômicos e o lucro para o pecuarista, utilizado de forma regular em um programa de melhoramento genético. Batizado como Mérito Genético Total Econômico (MGTe), é uma importante ferramenta de seleção genética para os rebanhos que compõem o grupo de fazendas participantes do Programa Nelore Brasil.

Durante o seminário, também foi mostrado o Selo de Qualidade da ANCP, lançamento que vai identificar os animais de qualidade que passam pelos programas ligados à associação. “É um dia importante para a pecuária brasileira. O selo é prova de que podemos aliar a produção do Nelore, que é de baixo custo, com um animal de qualidade, e recebendo mais. É um futuro promissor”, declarou Argeu Silveira, da ANCP. Até o fim do semestre, serão selecionados os touros e as matrizes que vão receber este selo. Raysildo Lôbo e Carlos Viacava, presidente e vice-presidente da Associação, abriram o seminário pela manhã. Foi um dia inteiro com dois painéis de palestras e debates. O Painel “ANCP em Debate”, com moderação do professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais José Aurélio Bergman, e Painel “Lucratividade ANCP”, com Raimundo Martins Filho, da Universidade Federal do Cariri, na mediação.

Argeu Silveira fez a primeira apresentação, falando como o mercado da avaliação genética hoje está cada vez mais valorizando a Qualidade do animal e da carne. A pesquisadora e professora da Universidade de São Paulo (USP, Angélica Pereira, falou sobre os métodos para o segmento melhorar a qualidade da carne dos zebuínos. Como no caso da nutrição e do uso da maturação da carne. “Hoje, já encontramos carne choice em boutiques do Brasil, feita a partir de cortes do dianteiro do boi. Maturadas durante duas semanas. Logicamente, é uma carne proveniente de um animal diferenciado. Precisamos investir neste caminho e seguir exemplos vencedores, como os do Uruguai, que possui carne auditada e com marca de ninguém menos do que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). É uma chancela para exportar a qualquer país exigente. E já temos bons exemplos de programas no Brasil, como o Selo Boi Verde, Nelore Natural, Swift Black, Farol da qualidade. Só depende do compromisso e da ação de todos do segmento”, reafirmou. Claudio Magnobosco, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), deu detalhes de um trabalho inédito, o Programa OBChoice, iniciado em 2009 e que está avaliando quase quinhentos animais para definição dos vários genes que atuam na maciez. São bovinos com 24 meses, 5 mm de gordura e peso de 500 kg.

Projeto que tem como parceiros as Universidades Federais de Goiás e Uberlândia, duas de São Paulo (USP e Unesp), Universidade de Wisconsin, Guaporé Pecuária e apoio da ANCP. “O gado nelore pode produzir uma carne macia. Para isto temos que conhecer melhor o valor biológico e melhorar a seleção da carne”. Para ele, a média da carne brasileira é ruim principalmente por causa da baixa qualidade das forragens, o tempo excessivo de pastejo dos plantéis e um abate muito tardio. “Porém todo mundo só quer maciez. O podemos obtê-la usando as vantagens da Genômica. Conseguir proteína para qualidade, maciez, selo, premiação. Usar os marcadores moleculares. DEP’s genômicas para maciez. E tenham certeza: a maciez não afeta outras características do animal”, defendeu. Magnobosco ainda frisou que o futuro das análises, por volta de 2019, é conseguir aumentar a acurácia de predição do trabalho. A manhã terminou com um debate entre todos os palestrantes.

À tarde, três palestras discutiram o índice Bioeconômico em bovinos de corte, eficiência alimentar em bovinos de corte e o estudo do caso MaxPag, programa de acasalamento para eficiência genética, em três fazendas brasileiras. Na sequência, Carlos e o filho Ricardo Viacava, criadores de Nelore Mocho, detalharam o sucesso da Integração Lavoura – Pecuária implementada na fazenda deles no interior de São Paulo. Alexandre Pires, da Universidade de São Paulo, abordou os efeitos da Nutrição e da Genética sobre a puberdade das novilhas e Roberto Guimarães Junior, da Embrapa, tratou da Pecuária de alta produtividade. No fim do encontro, houve a apresentação do Sumário de Touros Maio de 2016, com avaliações dos animais das raças Nelore, Guzerá, Brahman e Tabapuã.

Fonte: Beefworld


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