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31/05/2016
Conformidade socioambiental, a nova pedida do mercado


O gerenciamento de risco socioambiental, que envolve conformidade ampla e irrestrita com leis ambientais, trabalhistas e fundiárias, tem que fazer parte do "DNA" da cadeia produtiva da carne bovina, assim como ocorreu com as questões relacionadas à sanidade animal. O produtor que não apresentar este compromisso, gradativamente, perderá espaço no mercado, já que o "compliance" socioambiental é cada vez mais valorizado pelo consumidor.

A avaliação foi realizada por diretores de entidades do agronegócio, executivos de frigoríficos, representantes do varejo e dirigentes de ONGs reunidos em evento, realizado pelo Walmart Brasil, nesta semana em São Paulo (SP). Na ocasião, o varejista apresentou sua nova política de compra para carnes provenientes do bioma amazônico.

Segundo Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), o setor da carne bovina tem que cada vez mais promover o controle de seus riscos socioambientais, já que este cuidado se configura, na prática, em um atributo intrínseco à qualidade do produto final. "E neste desafio, os frigoríficos e o varejo precisam auxiliar o pecuarista."

De acordo com Miguel Gularte, presidente do frigorífico JBS para o Mercosul, produzir com sustentabilidade é uma conduta fundamental para competitividade dos negócios, não sendo mais custo, e sim um ativo para se vender. Gularte ressaltou que o JBS tem cerca de 170 mil pecuaristas-fornecedores absolutamente monitorados do ponto de vista da conformidade socioambiental.

A preocupação com o "compliance" também pode ser evidenciada em pesquisas, como mostra, por exemplo, recente estudo da Amcham, o qual revela que 92% dos empresários consultados estão buscando capacitação para estruturarem em suas companhias programas de transparência nos negócios.

Carne monitorada

E, a iniciativa do Walmart é uma ação concreta que corrobora esta tendência, que avança para se tornar exigência no mercado de alimentos. De acordo com Adriana Muratore, vice-presidente comercial e marketing do varejista, toda a carne bovina disponível na rede, que seja oriunda do bioma amazônico, tem conformidade socioambiental. E isso, no nosso caso, explicou a executiva, significa que o produto vem de fazendas com desmatamento ilegal zero, que não tenham trabalho escravo, não situadas em áreas embargadas pelo Ibama, e/ou consideradas indígenas, bem como fora de unidades de conservação. Segundo Adriana, esta política, que vale para todos os fornecedores do Walmart localizados no bioma amazônico - aproximadamente 32 plantas frigoríficas e 75 mil fazendas - será expandida para todo o País já em 2017.

Fonte: BeefWorld


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