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03/06/2016
Confinamento: produtor investe em encurtamento do ciclo


Há seis anos, o confinador Thales José Borges Fagundes introduziu em sua fazenda um sistema que continua dando certo. Proprietário da Fazenda Nova Zelândia, em Nova Brasília, MT, ele investe no abate precoce de animais, na média aos 24 meses. Sua 'receita de sucesso' é a suplementação a pasto associada ao confinamento o ano inteiro. Em 2015, ele chegou a abater 400 cabeças por mês, de um rebanho de 5.500, voltado à recria e engorda.

Para Fagundes, não adianta o produtor só querer ganhar. “O negócio precisa ter uma constância, um equilíbrio”, diz. “Como a gente abate mensalmente, eu não vou me beneficiar tanto se tiver uma alta no preço da arroba agora, em função da queda na oferta, porque depois esse mercado pode virar”. Na opinião dele, o princípio básico é estar estruturado para ter matéria-prima e minimizar os impactos da sazonalidade - já que com o encurtamento do ciclo produtivo o recriador consegue aumentar o dinheiro em caixa. 

Recria turbinada

Na Fazenda Nova Zelândia, a suplementação a pasto leva 120 dias, em que os animais saem de 215 kg, aproximadamente, para chegar a 320 kg. A fim de ganhar o máximo de peso, são suplementados com proteico-energético uma vez ao dia na proporção de 0,3% do seu peso vivo - o usual é 0,1% - e aí é que se pode dizer que começa o processo. Oferecido em um volume maior, o suplemento potencializa o consumo de volumoso da pastagem. O produtor adota o pastejo fixo em áreas de braquiária, sendo sua média de lotação de 1 unidade animal/ha. Com a baixa pressão, em lotes de até 60 ha, o objetivo é obter o máximo aproveitamento de capim por animal. Eventuais falhas de pastejo são corrigidas com a introdução de novas cabeças no pasto.

O passo seguinte é o preconfinamento, que dura 30 dias. “A ideia é que, aos poucos, o gado se acostume com a dieta para ter melhor desempenho quando entrar no confinamento”, afirma Fagundes. O ganho de peso médio é de 1kg/dia. A base do volumoso é capulho de algodão e, do concentrado, milho ou sorgo em grão, farelo de soja e minerais. Nessa etapa, eles recebem 1% do seu peso vivo em ração. No confinamento, essa medida aumenta e o consumo médio fica na casa dos 2,3% do peso vivo.

Os custos, segundo Fagundes, compensam: “A rentabilidade aumenta em função do encurtamento do ciclo produtivo”. Comparando com o modelo tradicional de criação com fornecimento de sal mineral e proteinado em 36 meses, o ganho chega a dobrar.

Cenário para o confinamento este ano

Para o confinador, se o preço e a oferta de milho não favorecem a atividade, pelo menos o mercado de reposição está atrativo. “Ontem mesmo estive num leilão muito bom de cruzamento industrial com bezerros sendo vendidos na faixa de R$ 6,50 o quilo. No caso do Nelore, os preços giravam em R$ 6/kg”, afirma. No ano passado, ele diz ter pago R$ 7/kg pelo Nelore. 

O milho da fazenda Fagundes negociou com antecipação, e hoje alimenta o gado com seus estoques.

Fonte: Portal DBO


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