Brasil atinge 92,9% da Cota Hilton
Pela primeira vez, em nove anos, o Brasil atingiu mais de 90% da Cota Hilton com o embarque de 9,2 mil toneladas de carne bovina para União Europeia entre junho de 2015 e junho de 2016. Com isso, o país chega a 92.9 % das 10 mil toneladas que fazem parte da cota. Foi o melhor desempenho desde 2006/2007, quando o país ainda tinha cota de apenas 5 mil toneladas. A Cota Hilton é constituída de cortes especiais do quarto traseiro, de novilhos precoces, e seu preço no mercado internacional geralmente é mais alto do que a carne em geral. De acordo com Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), o desempenho do Brasil vem melhorando porque a indústria começou, já há algum tempo, a organizar seu fornecimento de modo a atender aos critérios exigidos pela UE, para aproveitar assim a vantagem que se tem na tarifa de importação. As exportações da Cota Hilton tem tarifa de 20% sobre o valor do produto. “Vale lembrar que a Hilton cria, além das barreiras sanitárias que já existem para a carne brasileira, barreiras técnicas como a exigência de alimentação exclusiva a pasto e identificação individual desde a desmama. Nosso desempenho só aumentou porque, pela diferença de preço, vale a pena cumprir as exigências. Ainda assim, consideramos que a definição da Hilton hoje continua sendo prejudicial para o país e precisa ser atualizada, incluindo questões de sustentabilidade. A renegociação destas exigências com as autoridades europeias continua sendo uma pauta da Abiec junto aos Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores”, afirma Sampaio. A cota Hilton absorve o total de 65.250 toneladas de carne bovina anualmente. Apenas países credenciados têm acesso a esse mercado. Além do Brasil, apenas Argentina, Austrália, Uruguai, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá e Paraguai podem exportar para a cota. A Argentina possui uma cota de quase 50% do montante (28.000 toneladas). A Austrália é autorizada a vender 7.150 toneladas, o Brasil 10.000, os EUA e Canadá 11.500 juntos, a Nova Zelândia 1.300 e o Uruguai 6.300 toneladas. Fonte: Portal DBO
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