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28/07/2016
Expansão da pecuária em direção ao Sul


Há dez anos, o crescimento do rebanho bovino nacional tem se deslocado em direção oposta à da região amazônica. Foi o que mostrou estudo da Embrapa Gestão Territorial, SP, por meio de dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa registra que, a partir de 1974,  a atividade pecuária se deslocava pelo país em direção ao noroeste. Esse movimento se manteve até 2006 quando tanto a pecuária de corte como a leiteira iniciou movimento contrário, em direção ao sul. Essa tendência verificou-se até nas últimas análises feitas com dados coletados pelo IBGE, em 2014.

O porquê da reviravolta - Os pesquisadores levantam algumas hipóteses sobre a razão do ponto de inflexão observado em 2006.

Um dos motivos para a atividade deixar de crescer em direção ao norte poderia ser a intensificação das ações de fiscalização na fronteira agrícola naquela região desestimulando a abertura de novas áreas para a prática da bovinocultura. O motivo, de fato, da relativa diminuição do rebanho bovino na região Norte do país será objeto de análises na segunda etapa desse trabalho.

"Ainda não temos como afirmar quais são as causas da inflexão ocorrida em 2006", diz Rafael Mingoti, que coordenou o trabalho na Embrapa Gestão Territorial. Segundo ele, hoje a produção tem se direcionado mais aos mercados consumidores do Sul e Sudeste.

Soja em direção ao Nordeste - Os especialistas da Embrapa aplicaram a mesma tecnologia para a produção nacional de soja de 1990 a 2012. No caso dessa leguminosa, o estudo registrou um leve deslocamento da cultura em direção ao nordeste a partir do início da década de 2000, tendência que seguiu até a última coleta de dados, em 2012.

"Também para essa questão não temos a resposta, a qual deverá ser obtida em estudos futuros com especialistas de soja de diversas regiões do Brasil. De maneira preliminar, suspeitamos que uma das causas esteja relacionada ao aumento crescente da produção agrícola na região do Matopiba," supõe o especialista.

Relevância dos estudos - O gerente-geral da Embrapa Gestão Territorial, Claudio Spadotto, explica que os resultados dessas análises podem ser valiosos para diversas áreas.

"Gestores públicos, empresários do agronegócio, fornecedores de insumos e pesquisadores poderão subsidiar suas decisões e estudos com os dados obtidos", acredita. Para empresas do agronegócio, o levantamento de tendências pode antecipar demandas e oportunidades. Do mesmo modo, pode apoiar a programação de pesquisa para desenvolvimento de cultivares para essas novas regiões.

De acordo com os produtores rurais envolvidos, as informações são igualmente úteis. Ao lado de outros dados, os resultados da pesquisa podem aumentar a capacidade de antecipação de necessidades. "Eles poderão prever, por exemplo,  a necessidade do desenvolvimento e da adoção de tecnologias nas áreas que serão ocupadas pelas culturas", ilustra Mingoti.
 

Fonte: Embrapa Gestão Territorial


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