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24/08/2016
Segredo do marmoreio do Wagyu está no trato


Conhecida mundialmente por ter a carne mais valorizada do mundo, a raça japonesa Wagyu tem como principal característica o alto grau de marmoreio. Para usufruir ao máximo dessa característica, os animais têm que receber um cuidado especial em seus oito primeiros meses de vida.

“Os bezerros Wagyu devem ser alimentados no creep-feeding até os 240 dias. É nesse período que são formadas as células que respondem pela gordura entremeada da carne. Marmoreio é genética e manejo", explica Vilson Runchi Júnior, veterinário responsável da Fazenda Angélica, de Americana, SP, um dos principais criatórios da raça no Brasil.

A desmama acontece na propriedade de cria do grupo, em Campos Novos Paulistas, também em SP, onde nascem cerca de 500 animais por ano, todos oriundos de Fertilização In Vitro (FIV). Atualmente o grupo possui 40 doadoras. Os machos são castrados até os 30 dias de vida.

Recria - Aos oito meses, os bezerros chegam em Americana pesando em média 210 kg. Eles são recriados em piquetes rotacionais com diferentes tipos de pastagens, como panicum e braquiária, recebendo suplementação de concentrado energético proporcional de 0,5 a 0,7% do peso vivo até os 20 meses.

Após esse período, eles vão para o confinamento na própria fazenda. Durante os 10 meses no cocho, a dieta é de alto concentrado, com  60% de concentrado na entrada; 65% no período intermediário (em torno de 3 meses) e 70% na saída.

Terminação - Eles são abatidos entre 28 e 30 meses com peso médio de 650 kg, alcançando grau de marmoreio de 5 a 6%, com picos de até 8%. “Essa terminação em confinamento é diferente da convencional. O ganho de peso tem de ser mais lento para que seja possível depositar mais marmoreio na carcaça. Se a engorda for rápida, eles recebem muita gordura de cobertura e menos entremeada”, destaca o gerente de pecuária das fazendas do grupo, Odílio Marin Filho.

O processo é o mesmo tanto para machos quanto para fêmeas. Alguns animais são abatidos antes desse período pois alcançam a terminação ideal precocemente. Essa identificação é feita pelos técnicos da fazenda por meio de avaliações visuais.

“É comum no Wagyu que alguns animais sejam terminados mais cedo que outros já que existem muitos animais do mesmo sexo mas com frames diferentes. Quando um macho é muito menor que os demais, ele é abatido junto com as fêmeas para não prejudicar a padronização dos cortes” conclui Júnior.

Atualmente, a fazenda abate cerca de oito animais por mês, todos Puros de Origem (PO). A carne abastece o selo Kobe Premium que comercializa cortes de Wagyu para todo o Brasil. Os principais mercados compradores da são as regiões Norte e Nordeste, principalmente por resorts e hotéis de luxo.

Fonte: Portal DBO


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